Os preços na produção e no consumidor mantiveram uma "trajetória marcadamente ascendente" em maio. A conclusão é da Síntese Económica de Conjuntura, divulgada esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
"O índice de preços na produção da indústria transformadora apresentou em maio uma taxa de variação homóloga de 22,9% (22,8% no mês anterior), registando o crescimento mais elevado da atual série. Excluindo a componente energética, este índice aumentou 16,3% em termos homólogos, apresentando também o crescimento mais elevado da atual série (15,7% em abril)", revela o INE.
Já a "variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 8,0% em maio, atingindo a taxa mais elevada desde fevereiro de 1993. O indicador de inflação subjacente (IPC total excluindo bens energéticos e alimentares não transformados) registou uma variação homóloga de 5,6% (5,0% em abril), a mais elevada desde outubro de 1994".
Nesta senda, "refletindo em grande medida a aceleração dos preços, os indicadores de curto prazo da atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis até abril de 2022, continuaram a revelar crescimentos elevados em termos nominais, ainda que em desaceleração face ao mês anterior".
"Na indústria, o índice de volume de negócios aumentou 19,7% em abril (26,1% em março), crescimentos nominais indissociáveis do atual ciclo de aumento de preços na indústria (24,7% em abril). Note-se que abril teve 19 dias úteis, menos dois que em 2021 e menos três que em março de 2022, o que poderá ter influenciado os resultados obtidos", pode ainda ler-se.
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