Na cerimónia, o presidente da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), Paulino Jerónimo, salientou que a assinatura dos contratos constitui o culminar de um longo processo negocial.
Paulino Jerónimo felicitou "vivamente" os investidores, parceiros para concessão dos blocos adjudicados.
"Quero aqui reafirmar que é compromisso da concessionária nacional aumentar o conhecimento geológico de todas as bacias sedimentais de Angola, através da implementação da estratégia de exploração de hidrocarbonetos aprovada pelo Decreto Presidencial e promover e licitar essas áreas, incrementando assim, em caso de sucesso, a produção petrolífera", sublinhou.
O responsável da concessionária angolana anunciou na ocasião que, em 2023, está prevista a licitação de mais blocos da zona terrestre das Bacias do Baixo Congo e do Baixo Kwanza, e que também continuam disponíveis, no cumprimento do Decreto Presidencial sobre Oferta Permanente de Concessões Petrolíferas vários blocos.
São eles, os blocos 9 da zona terrestre do Kwanza, os blocos 7, 8 e 9 do offshore da Bacia do Kwanza, os blocos 32/21, 33/21, 34/21 do offshore da Bacia do Congo, o bloco 10 da Bacia de Benguela e os blocos 11, 12, 13, 41, 42 e 43 da Bacia do Namibe, bem como os blocos 6/15 e 20/15 do offshore da Bacia do Kwanza, estes dois últimos com descobertas.
Por sua vez, o secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso, considerou a assinatura destes contratos "um ato de importância muito grande", salientando que o onshore não é só para Angola "a extensão da exploração que se faz hoje, e com êxito, no offshore angolano".
"Representa também uma importância muito grande, porque há muitos anos algumas instituições sempre apresentaram alguma dúvida sobre o potencial do onshore angolano e a assinatura destes contratos para as zonas terrestres da Bacia do Baixo Congo e do Kwanza representa para nós finalmente um marco para esta legislatura, mas, acredito, sobretudo para a nossa concessionária nacional", frisou.
A concessionária angolana tem como parceiras a francesa TotalEnergies e as associadas do Bloco 48 (Qatar Petroleum e Sonangol Pesquisa e Produção) para a exploração na Bacia do Congo dos blocos CON1; CON5; CON6 e na Bacia do Kwanza dos blocos KON5; KON6; KON8; KON17; KON20.
O Governo angolano tem em curso a implementação da estratégia geral de atribuição de concessões petrolíferas 2019-2025, à luz do Decreto Presidencial nº 52/19, que prevê a licitação de mais de 50 concessões petrolíferas.
Em 2021, a ANPG realizou a licitação de nove concessões da zona terrestre das Bacias do Kwanza e do Baixo Congo, com uma capacidade de cerca de 500 milhões de barris de petróleo para exploração, dos quais oito contratos de partilha e de produção foram hoje assinados.
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