O primeiro-ministro, António Costa, assegurou, esta quarta-feira, que "ninguém vai perder dinheiro na sua pensão" em 2024 e acrescentou que o valor a pagar no início desse ano "nunca será inferior" ao do final de 2023.
"Ninguém receberá menos do que receberia com a estrita aplicação da lei. Em janeiro de 2024, ao contrário do que tenho visto, ninguém vai perder rendimento relativamente a 2023. A pensão a pagar em 2024 nunca vai ser inferior à pensão a pagar em dezembro de 2023", disse António Costa, em declarações aos jornalistas e transmitidas pela RTP3, em Faro.
"Em 2024 ninguém vai perder dinheiro na sua pensão", assegurou o primeiro-ministro, reiterando: "A pensão paga em janeiro de 2024 não vai ser inferior à pensão paga em 2023".
O primeiro-ministro prosseguiu, depois, explicando que o valor do aumento em 2024 "será definido, daqui a um ano, em função do que for a inflação em 2023".
Estamos a viver uma inflação, este ano, uma inflação absolutamente extraordinária, anómala, atípica
António Costa explicou que há uma "regra específica" no próximo ano, que trava a atualização automática das pensões, porque "estamos a viver uma inflação, este ano, uma inflação absolutamente extraordinária, anómala, atípica".
"Transformar a inflação deste ano num impacto permanente na Segurança Social colocaria em causa algo que é fundamental preservar: a sustentabilidade futura da Segurança Social", concluiu o primeiro-ministro.
Os pensionistas vão ter em janeiro de 2023 um aumento entre 4,43% e 3,53% em função do valor da sua pensão, anunciou o primeiro-ministro, na segunda-feira.
A proposta que o Governo vai enviar para a Assembleia da República prevê que as pensões até 886 euros vão aumentar 4,43%; as cujo valor oscila entre os 886 e os 2.659 euros aumentem 4,07%, enquanto as restantes (que estariam sujeitas a atualização tendo em conta a fórmula legal em vigor) aumentarão 3,53%.
Esta medida, sublinhe-se, soma-se ao pagamento extra no valor equivalente a meia pensão que será pago já em outubro aos pensionistas.
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