Isabel II, que morreu após 70 anos no trono, foi a rainha britânica com maior longevidade e também com o mais longo reinado. O seu desaparecimento e a ascensão ao trono de Carlos III vão levar a mudanças em muitos aspetos do quotidiano no Reino Unido, sendo que uma delas está relacionada com as notas e moedas.
Deste modo, o rosto do novo Rei Carlos III vai começar a surgir nas moedas e nas notas no Reino Unido e em outros países do mundo, substituindo o perfil da Rainha Isabel II.
A efígie de Carlos III também aparecerá em várias outras moedas usadas no Canadá, Austrália, Nova Zelândia e nalguns países das Caraíbas. O mesmo acontecerá nas ilhas do Canal de Jersey, Guernsey, na ilha de Man, bem como em Gibraltar, Santa Helena e nas Malvinas (Falkland, para os ingleses), ilhas e territórios controlados pela Coroa Britânica.
Em 1936, durante o reinado do Rei Eduardo VIII, que durou 326 dias, as moedas foram cunhadas, mas o monarca abdicou antes de entrarem em circulação.
E nos selos?
O rosto de Isabel II também aparece nos selos enquanto as letras 'EIIR', acrónimo de Elizabeth II Regina, o que irá também ser alterado, o mesmo sucedendo com as insígnias dos capacetes da polícia britânica.
Carlos III herda trono e fortuna pessoal de 427 milhões de euros
O rei Carlos III herdou da mãe o trono do Reino Unido e uma fortuna pessoal estimada em 370 milhões de libras (cerca de 427 milhões de euros), que receberá sem pagar imposto sucessório, privilégio reservado às transmissões reais.
A rainha Isabel II, que morreu na quinta-feira aos 96 anos, era dona de uma fortuna pessoal avaliada este ano em 370 milhões de libras, mais cinco milhões do que em 2021, segundo o jornal britânico The Sunday Times.
Da fortuna faz parte património como o castelo de Balmoral, na Escócia, onde Isabel II morreu e que é o destino de verão da família real britânica. Também a residência de Sandringham, Inglaterra, é propriedade privada do monarca britânico, sendo o local onde a família habitualmente celebra a passagem do ano.
A rainha possuía também uma grande carteira de ações e uma colecção de selos reais estimada em 100 milhões de libras (115 milhões de euros), segundo noticiava o jornal britânico The Times em 2021.
A fortuna de Isabel II vai juntar-se ao património pessoal que Carlos III já tem, estimado em 100 milhões de euros, segundo o site celebritynetworth.com.
As célebres joias da coroa britânica estão avaliadas em cerca de três mil milhões de libras (3,5 milhões de euros) e pertenciam simbolicamente à rainha, passando agora de forma automática para o seu sucessor.
Carlos III herda também o Ducado de Lancaster, propriedade real desde a Idade Média, que gerou 24 milhões de libras (cerca de 27 milhões de euros) em receitas privadas para o monarca britânico no último ano fiscal. No entanto, com a subida ao trono, Carlos perde o Ducado de Cornualha, que pertence ao filho mais velho do monarca britânico e que gera cerca de 21 milhões de libras (cerca de 24 milhões de euros) por ano.
Carlos vai receber também uma "subvenção soberana" anual do Tesouro britânico, fixada em 15 por cento do rendimento do património da Coroa e que para 2021-2022 alcançou 86,3 milhões de libras (perto de 100 milhões de euros), embora englobando uma fatia extra de mais de 34 milhões de libras (cerca de 40 milhões de euros) para renovação do Palácio de Buckingham, em Londres.
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