A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (Anarec) reagiu, esta terça-feira, com "surpresa e indignação" aos preços máximos do GPL engarrafado publicados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). A Anarec vai ainda avançar com um pedido urgente de audiência ao Governo, justificando que a medida está a "estrangular em absoluto a rede de revenda a nível nacional".
"Contra todas as expetativas e tendências reais do mercado, a ERSE baixou os preços máximos do GPL em garrafa, quer no butano, quer no propano, em todas as tipologias", pode ler-se num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso. "Com os novos preços máximos de venda ao público, os revendedores de gás em garrafa vêm a sua margem completamente anulada, o que terá efeitos nefastos na rentabilidade das suas empresas e na solvabilidade dos seus negócios, e pode colocar em causa o nível do serviço prestado diariamente a milhares de portugueses", adianta a Anarec.
Assim sendo, a Anarec diz que "vai solicitar um pedido de audiência ao senhor secretário de Estado da Energia, com caráter de urgência, assim como vai avançar com um pedido de reunião junto da ERSE e da Autoridade da Concorrência, com a finalidade de pôr termo imediato a esta medida que está a estrangular em absoluto a rede de revenda a nível nacional".
A associação de revendedores adianta ainda que "tem vindo a alertar sucessivamente a ERSE e a tutela de que o indexante utilizado na fórmula que determina o preço máximo de venda ao público não tem correspondência real com o que é praticado no mercado nacional".
Acrescenta ainda, na mesma nota, que o "preço determinado pela ERSE tem em conta os preços publicados pela Argus Media, quando em Portugal o mercado rege-se pelos preços da Platts, ambas agências de reporte de preços".
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