O ministro das Finanças, Fernando Medina, vê sinais mais positivos na economia do que há uns meses, mas considera que é necessário apoiar as famílias e as empresas na resposta aos obstáculos que se colocam este ano.
"De volta a Bruxelas para as primeiras reuniões do Eurogrupo e do Ecofin deste ano. Aqui vamos analisar a evolução económica na Europa e em Portugal, com sinais mais positivos do que há uns meses. É fundamental apoiar famílias e empresas face às exigências de 2023", escreveu o ministro das Finanças, na rede social Twitter.
Medina participou na segunda-feira na reunião do Eurogrupo e estará também presente no encontro do Ecofin, que está marcado para esta terça-feira.
"Continuaremos a debater a proposta da Comissão Europeia para um novo modelo de governação económica na Europa. O objetivo é tornar mais eficiente a coordenação europeia e salvaguardar a sustentabilidade das contas públicas e o crescimento económico", acrescentou o ministro.
De volta a Bruxelas para as primeiras reuniões do #eurogrupo🇪🇺 e do @ecfin deste ano. Aqui vamos analisar a evolução económica na Europa e em Portugal, com sinais mais positivos do que há uns meses. É fundamental apoiar famílias e empresas face às exigências de 2023. (1/3) pic.twitter.com/PlzAcpopLW
— Fernando Medina (@F__Medina) January 16, 2023
O ministro das Finanças afastou, na segunda-feira, o cenário de recessão na economia portuguesa a curto prazo e recordou que os indicadores do Governo apontam para um crescimento económico, ainda que "mais moderado" do que em 2022.
"As nossas projeções nunca coincidiram com esse cenário, isso era o cenário a nível europeu, não para o nosso país. O cenário que hoje temos para Portugal [...] é o de que tenhamos terminado o ano com um último trimestre a crescer e, para já, não temos qualquer indicador de que o primeiro trimestre do ano tenha um resultado diferente", sustentou Fernando Medina.
Questionado sobre a possibilidade de o país entrar em recessão técnica, Medina descartou a ideia e recordou as previsões que o executivo socialista inscreveu no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023): "Na proposta de Orçamento que apresentámos e que foi aprovada no parlamento mantínhamos que Portugal iria ter em 2023 um crescimento económico, não era uma estagnação, muito menos uma recessão".
Uma recessão técnica é obrigatoriamente sinónimo de dois trimestres consecutivos em terreno negativo "e um deles será positivo", acrescentou o ministro das Finanças. Contudo, o crescimento da economia nacional vai ser "mais moderado do que em 2022".
"Em 2022 a economia portuguesa cresceu muito e já utilizámos muita da nossa capacidade instalada. Ora, um crescimento económico seria sempre por cima desse crescimento já muito elevado de 2022", justificou.
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