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Resultados são "passo sólido". Governo diz que TAP provou "resiliência"

Ministério das Infraestruturas considera que a TAP "provou a sua resiliência", após serem conhecidos os resultados de 2022.

Resultados são "passo sólido". Governo diz que TAP provou "resiliência"
Notícias ao Minuto

14:51 - 21/03/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia TAP

O Governo disse esta terça-feira que os resultados da TAP, apresentados esta manhã, "são um passo sólido nas perspetivas para o futuro da empresa e para o país", destacando a resiliência da companhia aérea. 

"Num ano ainda afetado pela pandemia, pela guerra na Ucrânia, pelo disparar dos preços dos combustíveis e pela mudança do sistema de tráfego aéreo nohub, que condicionou de forma significativa a atividade da TAP, a companhia provou a sua resiliência", pode ler-se no comunicado enviado pelo gabinete do ministro das Infraestruturas, João Galamba, às redações.

Ao que indica a tutela, a TAP "divulgou hoje os resultados do ano de 2022, apresentando um resultado líquido positivo de 65,6 milhões de euros, o que configura um crescimento da receita acima do esperado".

"A possibilidade de produção de Combustível de Aviação Sustentável (SAF) nohub de Lisboa, a resolução dos constrangimentos aéreos operacionais, bem como a nova solução para o reforço da capacidade aeroportuária na região de Lisboa, perspetivam-se como oportunidades de criação de valor acrescentado para a TAP e para Portugal", acrescenta o Executivo. 

A TAP obteve um lucro de 65,6 milhões de euros em 2022, informou hoje a companhia que regressou aos resultados positivos após prejuízos de 1.600 milhões em 2021 e antes do previsto no plano de reestruturação.


"A TAP encerrou o ano de 2022 com um lucro líquido de 65,6 milhões de euros, um aumento de 1.664,7 milhões de euros em relação ao ano anterior", informou a transportadora aérea, em comunicado.

O plano de reestruturação da TAP, aprovado pela Comissão Europeia no final de 2021, previa que a companhia aérea começasse a dar lucro em 2025 e que obtivesse um resultado operacional positivo em 2023, algo que a empresa atingiu no primeiro semestre de 2022.

A companhia aérea regressou assim aos lucros, que tinha registado pela última vez em 2017, altura em que o grupo obteve um resultado positivo que rondou os 21 milhões de euros.

"Durante o quarto trimestre de 2022 a TAP foi capaz de gerar as receitas trimestrais mais elevadas da sua história e uma rentabilidade recorde, apesar dos contínuos desafios operacionais", referiu, na mesma nota, a ainda presidente executiva, Christine Oumières-Widener, cuja exoneração foi anunciada pelo Governo no início do mês, na sequência da indemnização de meio milhão de euros à ex-administradora Alexandra Reis, e que não fará a habitual conferência de imprensa de apresentação de resultados.

A responsável apontou ainda que "durante o primeiro ano completo do plano de reestruturação, a TAP gerou um lucro operacional que é um 'recorde' histórico para a empresa" e "gerou também um lucro líquido positivo muito forte, tendo em conta o seu nível de alavancagem".

No ano passado, o lucro antes dos juros e impostos (EBIT), foi também positivo, alcançando 268,2 milhões de euros, incluindo itens não recorrentes de 19,4 milhões de euros.

A TAP transportou, em 2022, um total de 13,8 milhões de passageiros, o que corresponde a um aumento de 136,1% em relação ao ano anterior, atingindo 81% dos níveis de 2019.

Já as receitas atingiram 3.485 milhões de euros, um crescimento de 151% face ao ano anterior, juntamente com um nível de atividade mais elevado, alcançando o ASK (métrica que calcula a capacidade total de assentos disponíveis em cada voo) a aumentar 94,2%.

O número de voos operados aumentou 74,9%, no ano passado, atingindo 79% dos níveis pré-crise pandémica.

A capacidade atingiu 87% dos níveis pré-crise, aumentando 94,2% em comparação com o ano anterior, e o 'load factor' (métrica para medir a taxa de ocupação de um voo) melhorou 17 pontos percentuais em relação ao ano anterior, atingindo 80%, apenas 0,1 pontos percentuais abaixo do nível de 2019.

Já a receita de passageiros por assentos-quilómetros oferecidos (PRASK) foi de 6,68 cêntimos de euros, o que representa uma melhoria de 48,2% face a 2021 e de 20,5% em comparação com 2019.

O custo do combustível mais do que triplicou, em 2022, tendo aumentado 756,2 milhões de euros, numa base anual, para 1.096,7 milhões de euros.

O efeito do aumento dos preços do combustível contribuiu com 458,4 milhões de euros para o aumento dos custos com combustível.

No acumulado do ano, o custo por assento-quilómetro (CASK) dos custos operacionais recorrentes diminuiu 10,7%, comparativamente ao ano anterior, baixando para 7,04 cêntimos.

Excluindo o combustível, a redução foi de 27,8%, levando os custos unitários sem combustível a 4,66 cêntimos, apenas 0,5% abaixo do nível de 2019 (4,68 cêntimos).

[Notícia atualizada às 14h58]

Leia Também: "Recorde histórico". TAP fecha 2022 com lucros de 65,6 milhões de euros

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