Jerónimo Martins. "Manteremos o investimento como a primeira prioridade"

A Jerónimo Martins vai manter o investimento como sua "primeira prioridade", estimando que fique em linha com o de 2022, que foi cerca de mil milhões de euros, anunciou hoje a empresa.

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Lusa
22/03/2023 20:51 ‧ 22/03/2023 por Lusa

Economia

Jerónimo Martins

"Comprometidos com os nossos objetivos de longo prazo, manteremos o investimento como a nossa primeira prioridade, estimando que o mesmo fique em linha com o concretizado em 2022, dos quais cerca de 45% na Polónia", afirma a dona do Pingo Doce sobre as perspetivas para este ano, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O programa de investimento do grupo "atingiu 1.013 milhões de euros no período" em análise, "dos quais 48% foram canalizados para a Biedronka", a cadeia de supermercados polaca, lê-se no documento.

Em 2023, "a inflação alimentar permanece elevada e com apenas ténues sinais de abrandamento" e, "embora se espere a evolução para um cenário de desinflação, sobretudo no segundo semestre (quando os comparativos com o ano passado já incorporarem a acentuada subida de preços registada ao longo de 2022) é, neste momento, ainda difícil antecipar o nível que assumirá essa desinflação", considera o grupo liderado por Pedro Soares dos Santos.

Na Polónia, a Biedronka "planeia adicionar entre 130 e 150 localizações líquidas à sua rede de lojas e remodelar cerca de 350 localizações, tirando partido das oportunidades existentes no mercado" e a Hebe "centrará o seu esforço de crescimento no canal de 'e-commerce', através do qual se espera que a presença internacional ganhe relevância".

Está previsto que se mantenha o ritmo de abertura de cerca de 30 lojas.

"Em Portugal, antecipa-se que os desafios colocados pela fragilidade do consumo interno e pela tendência instalada de 'trade down' permaneçam em 2023, ao mesmo tempo que se espera que o turismo se mantenha como o motor de crescimento do setor HoReCa [Hotéis, Restaurante e Cafés]", adianta.

O Pingo Doce, "paralelamente ao investimento na dinâmica promocional e na política de preços baixos, vai acelerar o seu programa de remodelações, implementando um modelo de loja que espelha a visão de longo prazo que se tem para o negócio, assente nas suas vantagens competitivas e fatores críticos de diferenciação: perecíveis, marca própria e 'meal solutions'".

A insígnia prevê remodelar "até 60 lojas no ano e inaugurar cerca de 10 novas localizações" e o Recheio planeia também crescer, "através do seu posicionamento competitivo no canal HoReCa e no retalho tradicional, contribuindo para o último a expansão da rede Amanhecer, que já integra mais de 500 parceiros".

Na Colômbia, a expansão da rede Ara "continuará a ser uma prioridade", estimando "abrir mais de 200 lojas".

O foco de todas as marcas "no crescimento de vendas como forma de impulsionar o crescimento do EBITDA em valor, num contexto de inflação nos custos, deverá, no entanto, pressionar a margem EBITDA em percentagem de vendas", refere a Jerónimo Martins.

O lucro da Jerónimo Martins subiu 27,5% no ano passado, face a 2021, para 590 milhões de euros.

Leia Também: Jerónimo Martins absorveu "parte dos aumentos de preço"

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