"É importante deixar claro: os acionistas e obrigacionistas dos bancos falidos não estão a ser protegidos pelo Governo [norte-americano]. E nenhum prejuízo desses bancos vai recair sobre o contribuinte", frisou a governante, perante a Subcomissão de Serviços Financeiros da Câmara de Representantes dos Estados Unidos.
Janet Yellen referiu a falência nos EUA, nas últimas duas semanas, do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank e o resgate do First Republic Bank pelo governo norte-americano e pelos grandes bancos do país, que se juntaram num plano de resgate com 30 mil milhões de dólares (27,9 milhões de euros).
Entre outras medidas, os reguladores dos EUA optaram por garantir todos os depósitos de ambas as entidades, além do limite padrão de 250.000 dólares (233.000 euros) por cliente, a fim de conter o pânico e permitir que as empresas afetadas continuem a operar.
"Usamos ferramentas importantes para agir rapidamente para evitar o contágio. São ferramentas que poderíamos usar novamente. As fortes ações tomadas garantem que os depósitos dos americanos estão seguros. Certamente estaríamos preparados para tomar medidas adicionais, se necessário", disse Janet Yellen.
A prioridade do governo, concluiu, é "proteger a saúde da economia dos Estados Unidos" e fazer o que for necessário "para fortalecer a confiança do público no sistema bancário dos Estados Unidos".
Há dias, Janet Yellen publicou mensagens para acalmar os mercados, garantindo a solidez do sistema bancário norte-americano.
A Reserva Federal dos EUA anunciou, na quarta-feira, uma subida das taxas de juro em 25 pontos base, colocando-a no intervalo entre 4,75% e 5%.
Leia Também: Sistema bancário nos EUA "permanece sólido", diz Janet Yellen