O Conselho de Administração, liderado por Mário Ferreira, tinha proposto a distribuição de dividendos provenientes de reservas livres no montante de 3,5 milhões de euros, o que corresponde a um dividendo bruto de 0,042 euros relativos ao exercício do ano passado.
No comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Media Capital adianta que na reunião magna de 18 de maio "foram aprovados, por unanimidade" o relatório de gestão, as demonstrações financeiras individuais e consolidadas e respetivos anexos, entre outros, a proposta de aplicação de resultados do exercício de 2022 de transferência do resultado líquido individual negativo de 452.385 euros para a conta de resultados transitados, conforme apresentada pelo Conselho de Administração, com eliminação da parte correspondente à distribuição de reservas livres.
A Lusa contactou a Media Capital para obter esclarecimentos, mas até ao momento não foi possível.
Na reunião magna foi também aprovado por unanimidade "conferir um voto de louvor e confiança à atividade desempenhada pelos órgãos de administração e fiscalização durante o exercício de 2022", a designação dos órgãos sociais para o mandato 2023/2025 e política de remunerações dos órgãos de administração e de fiscalização da empresa.
"Mais foi deliberada" na quinta-feira "pelo Conselho de Administração a delegação de poderes de gestão corrente da Sociedade no Administrador Pedro Zañartu Gubert Morais Leitão", lê-se no comunicado.
Desde julho de 2018 que a Media Capital não distribui dividendos (nessa altura o valor foi de 10 milhões de euros).
A dona da TVI e da CNN Portugal regressou aos lucros em 2023, ao registar um resultado líquido de 36,7 milhões de euros, contra prejuízos de 4,1 milhões de euros em 2021, alavancada pela venda do negócio das rádios.
Esta operação permitiu um encaixe financeiro direto de 69,6 milhões de euros e a obtenção de uma mais-valia líquida de 46,1 milhões de euros.
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