A estimativa rápida, divulgada em 28 de abril pelo organismo de estatística, superava assim a de vários economistas, que apontavam para um crescimento homólogo da economia portuguesa de janeiro a março entre 1% a 2,3% e para uma evolução em cadeia de 0,1% a 1,4%.
De acordo com o instituto estatístico, o contributo da procura interna para a variação homóloga do Produto Interno Bruto (PIB) manteve-se positivo no primeiro trimestre, mas inferior ao observado no trimestre precedente.
Esta evolução resultou de uma desaceleração do consumo privado e da redução do investimento.
No período em análise, verificou-se ainda uma aceleração das exportações de bens e serviços e um abrandamento das importações de bens e serviços, pelo que "o contributo positivo da procura externa líquida foi superior ao do trimestre anterior".
No primeiro trimestre, o INE dá conta de "um abrandamento significativo do deflator das importações em termos homólogos, mais intenso que o do deflator das exportações", o que se traduziu em ganhos dos termos de troca, algo que não acontecia desde o primeiro trimestre de 2021.
Na comparação em cadeia, ou seja, com o quarto trimestre de 2022, o PIB aumentou 1,6% em volume (crescimento em cadeia de 0,3% no trimestre anterior), "refletindo o contributo positivo expressivo da procura externa líquida (que tinha sido negativo no quarto trimestre), em larga medida resultante do dinamismo das exportações".
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