Esta evolução da taxa da inflação (aumento dos preços comparando com o mesmo mês do ano anterior) em Espanha deve-se, principalmente, ao aumento dos produtos carburantes e dos combustíveis, segundo o Instituto Nacional de Estatística espanhol (INE).
A estimativa para a inflação subjacente (que exclui a energia e os alimentos frescos, não elaborados) este mês é de 6,1%, menos uma décima do que em julho.
Ao longo de 2022, Espanha aprovou vários pacotes de medidas para responder à inflação superiores a 3% do Produto Interno Bruto (PIB), cerca e 45.000 milhões de euros, entre ajudas diretas a consumidores e empresas e benefícios fiscais, como a redução do IVA da eletricidade e do gás para 5% ou um desconto de 20 cêntimos por litro na compra de combustíveis.
Para tentar responder à escalada dos preços dos alimentos, entrou em vigor em janeiro um novo conjunto de medidas que incluem a suspensão do IVA (imposto sobre o consumo) de alguns alimentos e produtos considerados básicos.
Espanha fechou o ano passado com a taxa de inflação mais baixa da União Europeia (5,7%), depois de no primeiro semestre de 2022 ter tido dos valores mais elevados e de em julho se ter registado a inflação mais alta no país desde 1984 (10,77%).
Em julho, Espanha continuava a ter uma das taxas de inflação mais baixas da União Europeia, segundo os dados mais recentes.
A taxa de inflação na zona euro recuou para 5,3% em julho, após 8,9% no mesmo mês de 2022 e 5,5% em junho de 2023.
Os dados publicados pelo serviço estatístico comunitário (Eurostat) indicam que a taxa de inflação medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor atingiu em julho de 2023 o valor mais baixo deste ano e um dos mais reduzidos dos últimos meses, ao fixar-se em 5,3%.
As taxas de inflação mais baixas foram registadas na Bélgica (1,7%), no Luxemburgo (2,0%) e em Espanha (2,1%), enquanto as mais elevadas se verificaram na Hungria (17,5%), na Eslováquia e na Polónia (ambas com 10,3%).
Em Portugal, a inflação em julho foi 4,3%, segundo o Eurostat.
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