No primeiro balanço feito pelo Banco Mundial ao choque sofrido pela economia palestiniana desde o início das operações israelitas na Faixa de Gaza, em outubro, os indicadores apontam para uma queda de 06% do PIB.
A estimativa poderá ser revista em função da duração do conflito e das suas consequências.
"Prevê-se que a gravidade do conflito diminua em 2024, mas o Governo israelita irá impor restrições severas à circulação e ao acesso [à Faixa de Gaza], o que limitará a atividade económica e o comércio", sublinha o Banco Mundial, no seu relatório.
O nível de destruição na Faixa de Gaza terá impacto, apesar de a economia de Gaza representar apenas cerca de 15% do PIB palestiniano.
De acordo com informações resultantes de um cruzamento de fontes, os danos já eram muito significativos no final de novembro.
Segundo o Banco Mundial, 60% do equipamento informático e de telecomunicações foi danificado ou destruído, assim como mais de 60% das infraestruturas de saúde e de educação, quase 70% das infraestruturas comerciais e metade da rede rodoviária.
Meio milhão dos 2,2 milhões de habitantes da Faixa de Gaza estão desalojados e a taxa de pobreza, que já era de 60% antes do conflito, deverá aumentar.
Para evitar uma recessão ainda mais "dramática", o Banco Mundial apela para o fim das hostilidades, assim como para a retoma do "comércio e da atividade do setor privado na Cisjordânia e em Gaza", acompanhada de um "aumento do apoio financeiro da comunidade internacional".
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