Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones cedeu 0,16%, o tecnológico Nasdaq recuou 0,13% e o alargado S&P500 perdeu 0,38%.
No mercado obrigacionista, os rendimentos dos títulos federais a dois anos subiram de 4,68% na sexta-feira para 4,73%, o valor mais alto desde há três meses, enquanto os 'papéis' a dez anos passaram de 4,24% para 4,27%.
Para Hugh Johnson, da Hugh Johnson Economics, os investidores estão a interrogar-se sobre dois assuntos - se o mercado está sobreavaliado e qual vai ser a política da Reserva Federal (Fed)?
"A forte valorização da Nvidia", o fabricante de chips para a inteligência artificial, "e a das outras '7 Magníficas' [alcunha dada aos membros do grupo da tecnologia nas megacapitalizações] deixam-nos com a questão inquietante da valorização do mercado", desenvolveu.
"Muitos investidores estão muito nervosos com uma sobreavaliação das ações, que, para mim, é de cerca de 9,5%", disse Johnson, referindo-se ao S&P500.
"A outra questão, que está ligada, é a de saber o que é que a Fed vai fazer com as taxas de juro", acrescentou. "Vai baixar as taxas duas ou três vezes? Alguns falam mesmo em que as vai subir. A incerteza é grande", acentuou.
Os investidores ficaram assim em posição de prudência, à espera dos indicadores que vão ser divulgados nos próximos dias.
Na quinta-feira é esperado o índice PCE, relativo às despesas dos consumidores, no caso em janeiro, que é o preferido pela Fed para avaliar a evolução dos preços.
Os analistas preveem uma subida dos preços em 0,4%, depois de 0,2% no mês anterior.
Isto vai "sublinhar mais uma vez que o caminho é longo e semeado de obstáculos para reconduzir a variação dos preços ao objetivo" de 2% anuais da Fed, sublinhou Art Hogan, da B. Riley Wealth Management.
Hoje, o Departamento do Comércio divulgou os números da venda de casas novas em janeiro, que progrediram 1,5% em termos mensais, menos do que esperado.
O Dow Jones Industrial Average, que tem as 30 empresas com as maiores capitalizações bolsistas, acolheu hoje um novo membro, a Amazon, que substituiu os armazéns Walgreens. O conglomeerado do comércio eletrónico junta-se assim a duas outras das 'Sete Magníficas', a Apple e a Microsoft.
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