"Nos anos 2020, 2021, 2022 e 2023 sindicalizaram-se 110.256 trabalhadores, dos quais 35.630 (32,3%) são homens, 59.557 (54%) são mulheres e 15.069 (13,7%) são jovens (sem desagregação de sexo)", avança a CGTP em comunicado.
No documento, no qual indica as ações previstas para a semana da igualdade que arranca na segunda-feira, a intersindical refere que o número de mulheres que se sindicalizaram na CGTP tem vindo a subir de ano para ano desde 2020, constituindo ainda a maioria dos delegados sindicais.
De acordo com a central sindical, em 2020 registaram-se 13.367 sindicalizações de mulheres, em 2021 foram 13.690, no ano seguinte 14.340 e, em 2023, somando já janeiro de 2024, contaram-se 18.160 novas trabalhadoras sindicalizadas.
A CGTP realiza este ano a semana da igualdade entre 18 e 22 de março sob o lema "Liberdade, Igualdade, Portugal com justiça social".
Estão previstos centenas de plenários, arruadas, debates temáticos e contactos com os trabalhadores, em todos os distritos e regiões autónomas, incluindo ainda greves em algumas empresas.
Segundo um estudo da Comissão para a Igualdade da CGTP, baseado em dados oficiais e divulgado no início de março, quase 70% das mulheres trabalhadoras em Portugal recebia uma remuneração base mensal bruta até 1.000 euros em 2023.
Em novembro de 2023, a força de trabalho feminina era composta por 1.944.911 mulheres, das quais 68,3% recebiam uma remuneração base até 1.000 euros brutos.
Quase metade (46%) das mulheres recebia no máximo 800 euros de salário base bruto, enquanto no caso dos homens essa percentagem era de 38,7%.
Segundo o estudo, mais de um quinto (22%) das mulheres recebia apenas o salário mínimo nacional em 2023 (que era de 760 euros), face a 19,5% dos homens.
A CGTP referia ainda que o rendimento médio salarial líquido das mulheres era de 965 euros no 4.º trimestre de 2023, face a 1.140 euros dos homens, uma diferença de quase 16%.
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