Na informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP Renováveis (EDPR) explica que o resultado líquido foi impactado por "uma menor contribuição do top line e pelo aumento de impostos" e compensado "por uma redução dos custos financeiros líquidos e dos interesses não controláveis (-11% em termos homólogos)".
As receitas atingiram os 632 milhões, menos 11% em comparação com o período homólogo, devido ao menor preço médio de venda (-3%) e à menor produção de energia (-3%).
Os outros rendimentos operacionais aumentaram para 84 milhões (21 milhões no primeiro trimestre de 2023), maioritariamente devido aos 58 milhões de euros de "ganhos com transações de rotação de ativos nos EUA e Canadá".
Os Custos Operacionais da EDPR, que tem como principal acionista a EDP, com 71,27% do capital, caíram -5% face ao período homólogo, refletindo a redução de 15% na rubrica 'Outros Custos Operacionais'.
A empresa lembra ainda que os resultados financeiros de 108 milhões de euros do primeiro trimestre de 2024 (-14% em termos homólogos) "foram impactados pela estratégia de rebalanceamento do mix cambial da dívida, com aumento do euro e redução do dólar" e pelo aumento das despesas financeiras capitalizadas.
O preço médio de venda foi de 61 euros/MWh (-3% em termos homólogos), refletindo os preços mais baixos do mercado da eletricidade na Europa.
De acordo com a informação enviada à CMVM, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) subiu 1% nos primeiros três meses do ano, para 454 milhões de euros.
O investimento bruto ascendeu a 0,8 mil milhões de euros no primeiro trimestre do ano, com mais de 80% do investimento operacional na Europa e América do Norte, refletindo o foco da EDPR nos seus mercados core de reduzido risco.
A dívida líquida chegou aos 6,7 mil milhões de euros, um aumento de 0,9 mil milhões face a dezembro 2023, refletindo os investimentos efetuados.
No primeiro trimestre de 2024, a EDPR adicionou 0,5 gigawatts (GW) de capacidade renovável, atingindo uma capacidade total instalada de 16,5 GW, acompanhando a recuperação das adições de capacidade solar nos EUA (+0,4 GW)
A produção renovável da EDPR diminuiu 3% em termos homólogos, para 9,9 TWh (Terawatt horas) no primeiro trimestre de 2024, evitando seis milhões de toneladas de emissões de CO2, principalmente impactado pela rotação de ativos eólicos nos últimos 12 meses e pela diminuição da produção no Brasil (-54% em termos homólogos).
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