"O resultado líquido atribuível aos acionistas atingiu 25 milhões de euros, mantendo-se estável face ao período homólogo", justificou o grupo, apontando "os impactos do aumento das depreciações em consequência do forte investimento realizado" e os "custos de financiamento pelo aumento das taxas de juro e dos impostos", compensados "pelos ganhos de quota de mercado e sólida performance dos negócios".
No mesmo período o volume de negócios consolidado "aumentou 11,1% em termos homólogos para 2,1 mil milhões de euros". Esta evolução traduziu "o investimento no desenvolvimento dos negócios e o crescimento das operações de retalho, com destaque para a MC e a Worten", indicou a Sonae.
De acordo com a Sonae, "apesar da contínua pressão nos custos operacionais e do esforço para estar ao lado dos clientes, o sólido desempenho dos negócios de retalho e o aumento da contribuição dos negócios consolidados pelo método de equivalência patrimonial, essencialmente proveniente da NOS", levaram o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) consolidado a aumentar 13%, para 180 milhões de euros.
O grupo detalhou que no retalho alimentar, "a MC prosseguiu com a expansão e remodelação do parque de lojas, abrindo 28 unidades" durante os primeiros três meses de 2024, "das quais seis novas lojas de proximidade Continente Bom Dia".
Neste segmento, o investimento foi de 57 milhões de euros (mais 15%), destacou, adiantando que "no setor de retalho alimentar português, o ambiente concorrencial" permaneceu "dinâmico" e a inflação alimentar reduziu-se significativamente quando comparada com o período homólogo. Assim, a MC viu o seu volume de negócios aumentar 9,4% em termos homólogos, para 1,6 mil milhões de euros, "beneficiando do sólido desempenho tanto no negócio alimentar como no de saúde, beleza e bem-estar".
Já no retalho de eletrónica, a Worten registou, no primeiro trimestre, um volume de negócios de 310 milhões de euros, crescendo 9,3% em relação ao ano anterior.
No segmento imobiliário, o resultado direto da Sierra aumentou 3% para 15 milhões de euros, "essencialmente devido ao forte desempenho do portefólio europeu de centros comerciais, com o resultado líquido a atingir 14 milhões de euros".
Nas tecnologias, a Bright Pixel continuou "a executar a sua estratégia e a valorizar os investimentos do seu portefólio ativo, que atualmente inclui 43 empresas localizadas em todo o mundo, em áreas como cibersegurança, tecnologias de retalho e infrastructure software".
Por fim, nas telecomunicações, "o contributo da NOS pelo método de equivalência patrimonial atingiu 24 milhões de euros" nos primeiros três meses deste ano, "significativamente acima dos 10 milhões de euros registados" no período homólogo, "explicado pela melhoria do desempenho operacional e por um efeito não recorrente relativo ao recebimento de taxas de atividade na sequência de uma decisão judicial favorável".
Em termos consolidados, o investimento da Sonae "superou os 1,2 mil milhões de euros nos últimos 12 meses", sendo que, no trimestre, foi de mais de 700 milhões de euros.
"Nos primeiros três meses do ano o grupo investiu no reforço da internacionalização do portefólio e prosseguiu a sua aposta no mercado português, com destaque para expansão e remodelação do parque de lojas da MC", destacou.
O grupo lembrou que "concluiu com sucesso a OPA [Oferta Pública de Aquisição] sobre a Musti, assumindo o controlo da empresa líder de mercado no retalho de produtos para animais de estimação nos países nórdicos", sendo que, já no segundo trimestre, finalizou também "a aquisição de uma participação de 89,1% na BCF Life Sciences, empresa francesa de ingredientes para a indústria da nutrição".
[Notícia atualizada às 20h10]
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