Na Síntese Folha Trimestral de Conjuntura, o NECEP adianta ainda que reviu em baixa o ponto central da estimativa de crescimento da economia portuguesa para o conjunto do ano, em 0,2 pontos percentuais, para 1,6%.
Esta revisão resulta "do crescimento fraco do segundo trimestre (0,2% em cadeia) e da revisão dos dados dos últimos dois anos pelo Instituto Nacional de Estatística, já que a atividade económica continua a evoluir de uma forma aparentemente estável, com crescimento ligeiramente abaixo do potencial".
O NECEP destaca que os fatores determinantes "continuam a ser as elevadas taxas de juro e a fragilidade da atividade económica na zona euro, em particular na Alemanha e França", sendo que "o investimento cresceu apenas 0,6% no segundo trimestre e os sinais para o terceiro trimestre são de moderação, refletindo também o atual ambiente externo".
Já para 2025 e 2026, "os pontos centrais para o crescimento anual são, respetivamente, de 1,8% (-0,1 pontos percentuais) e 2,0% (sem alteração), refletindo o regresso ao crescimento potencial histórico da economia portuguesa no final do horizonte de projeção, altura em que o impacto positivo da recuperação pós-pandémica e os efeitos adversos da inflação elevada e da subida dos juros se poderão ter dissipado", explica o laboratório.
Os economistas do NECEP divulgam também projeções para a zona euro, cuja economia deverá ter crescido 0,2% em cadeia e 0,8% em termos homólogos.
No conjunto do ano, a economia da zona euro "deverá ter um comportamento pior" do que a portuguesa, "com um ponto central do crescimento do PIB de 0,8% em 2024".
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