"Mantemos taxas de desenvolvimento bastante elevadas, apesar da presença de certos fatores problemáticos", disse Peskov, citado pela agência russa Interfax, sem especificar os problemas.
Desde que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, a Rússia tem sido alvo de sanções por parte dos aliados de Kiev para tentar diminuir a sua capacidade de financiar o esforço de guerra contra o país vizinho.
Peskov disse que "as economias de todos os países do mundo estão agora a enfrentar fatores problemáticos", pelo que "a Rússia não é exceção".
"O mais importante é que a margem de segurança da nossa economia nos permite não só satisfazer todas as necessidades militares numa base crescente, como fornecer o nível total de segurança social para o Estado", afirmou.
Referiu ainda que há também capacidade para "fazer a indexação atempada de toda uma série de parâmetros" tendo em conta a taxa de inflação.
"Portanto, a situação é avaliada como estável, há uma margem de segurança, há problemas também, mas os problemas, infelizmente, são hoje companheiros de quase todos os países do mundo", acrescentou.
Peskov respondia a questões sobre a forma como o Presidente Vladimir Putin avaliava o estado da economia russa, tendo em conta notícias de que estava preocupado com desequilíbrios da economia para as despesas militares.
Putin disse na quarta-feira, durante uma reunião sobre questões económicas, que 2024 foi um ano de sucesso para a economia russa.
"Em geral, o ano passado foi bastante bem sucedido para a economia russa. Os principais indicadores macroeconómicos, graças às ações responsáveis, calculadas e conjuntas do Estado e da comunidade empresarial, estão na zona positiva", afirmou Putin.
O líder russo disse na altura que a economia registou um défice de 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB), que considerou aceitável, "quando comparado com a situação das finanças públicas em certas economias ditas desenvolvidas".
Destacou também um aumento de 26% das receitas não relacionadas com petróleo e gás, mas admitiu que "a inflação excedeu os objetivos e as expectativas do Banco Central, atingindo 9,5%", em vez dos 7,3% antecipados pelo Governo.
Por isso, anunciou atualizações das pensões, incluindo as dos militares por tempo de serviço, invalidez e perda de rendimento, segundo a transcrição das suas declarações na reunião divulgada pelo Kremlin.
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