Economia russa tem margem para "necessidades militares"

A economia russa tem uma margem de segurança suficiente para satisfazer as necessidades militares numa base crescente e as obrigações sociais do Estado, afirmou hoje o porta-voz da presidência (Kremlin).

Notícia

© Sefa Karacan/Anadolu via Getty Images

Lusa
23/01/2025 12:54 ‧ há 4 horas por Lusa

Economia

Kremlin

"Mantemos taxas de desenvolvimento bastante elevadas, apesar da presença de certos fatores problemáticos", disse Peskov, citado pela agência russa Interfax, sem especificar os problemas.

 

Desde que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, a Rússia tem sido alvo de sanções por parte dos aliados de Kiev para tentar diminuir a sua capacidade de financiar o esforço de guerra contra o país vizinho.

Peskov disse que "as economias de todos os países do mundo estão agora a enfrentar fatores problemáticos", pelo que "a Rússia não é exceção".

"O mais importante é que a margem de segurança da nossa economia nos permite não só satisfazer todas as necessidades militares numa base crescente, como fornecer o nível total de segurança social para o Estado", afirmou.

Referiu ainda que há também capacidade para "fazer a indexação atempada de toda uma série de parâmetros" tendo em conta a taxa de inflação.

"Portanto, a situação é avaliada como estável, há uma margem de segurança, há problemas também, mas os problemas, infelizmente, são hoje companheiros de quase todos os países do mundo", acrescentou.

Peskov respondia a questões sobre a forma como o Presidente Vladimir Putin avaliava o estado da economia russa, tendo em conta notícias de que estava preocupado com desequilíbrios da economia para as despesas militares.

Putin disse na quarta-feira, durante uma reunião sobre questões económicas, que 2024 foi um ano de sucesso para a economia russa.

"Em geral, o ano passado foi bastante bem sucedido para a economia russa. Os principais indicadores macroeconómicos, graças às ações responsáveis, calculadas e conjuntas do Estado e da comunidade empresarial, estão na zona positiva", afirmou Putin.

O líder russo disse na altura que a economia registou um défice de 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB), que considerou aceitável, "quando comparado com a situação das finanças públicas em certas economias ditas desenvolvidas".

Destacou também um aumento de 26% das receitas não relacionadas com petróleo e gás, mas admitiu que "a inflação excedeu os objetivos e as expectativas do Banco Central, atingindo 9,5%", em vez dos 7,3% antecipados pelo Governo.

Por isso, anunciou atualizações das pensões, incluindo as dos militares por tempo de serviço, invalidez e perda de rendimento, segundo a transcrição das suas declarações na reunião divulgada pelo Kremlin.

Leia Também: "Nada de particularmente novo" nas declarações de Trump, diz Peskov

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas