Bankinter espera continuar a crescer em Portugal sem comprar outros bancos

O Bankinter tem superado todos os objetivos que definiu para Portugal e espera continuar a crescer "sem necessidade de distrações com novas aquisições", nomeadamente, com a compra do Novo Banco, disse hoje a presidente executiva do banco, Gloria Ortiz.

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Lusa
23/01/2025 12:46 ‧ há 4 horas por Lusa

Economia

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O banco espanhol, que está presente em Espanha, Irlanda e Portugal, "prevê continuar a crescer em todos os negócios e geografias" e através de "crescimento orgânico", ou seja, sem compra de outros bancos, pelo menos, "neste momento", disse Gloria Ortiz, numa conferência de imprensa em Madrid para apresentação dos resultados do Bankinter em 2024.

 

"Pensamos que temos capacidade e 'expertise' para continuar a crescer em Portugal sem necessidade de distrações com aquisições", disse ainda, quando questionada sobre a possibilidade de o Bankinter comprar o Novo Banco.

Gloria Ortiz acrescentou que, além de a intenção ser crescer organicamente, o Novo Banco tem "um tamanho bastante respeitável", que não se adequa ao tipo de aquisições que o Bankinter fez em anos anteriores, nos diversos mercados em que opera.

Sobre os resultados do Bankinter em Portugal, onde o banco espanhol entrou em 2016, Gloria Ortiz sublinhou que têm superado "todas as expectativas" e "todos os planos de negócios".

A presidente executiva do grupo Bankinter realçou ainda que o rácio de eficiência em Portugal supera o do banco em Espanha e insistiu em que "com certeza" o Bankinter continuará "a crescer com força" no mercado português.

Em termos de receitas, o Bankinter espera que os negócios em Portugal e na Irlanda representem 20% do total "nos próximos anos, no médio prazo", sendo que em 2024 foram 15%.

O grupo Bankinter teve lucros de 953 milhões de euros no ano passado, um aumento de 12,8% em relação a 2023 e um recorde na sua história, anunciou hoje o banco.

O resultado antes de pagar impostos foi de 1.360 milhões de euros, mais 10,7% do que em 2023.

Em Portugal, o resultado em 2024 antes de pagar impostos cresceu 18%, para 195 milhões de euros.

O banco terminou 2024 em Portugal com uma carteira de crédito total de 10 mil milhões de euros, mais 8% do que no final de 2023, sendo que a taxa de morosidade (atrasos ou incumprimentos no pagamento das prestações dos empréstimos) se situou em 1,3%.

Os recursos dos clientes em Portugal alcançaram também os 10 mil milhões de euros no ano passado, o que se traduz num crescimento de 14%.

Ainda em Portugal, a margem de juros cresceu 13%, para 277 milhões de euros, e as comissões líquidas (diferença entre comissões cobradas e pagas pelo banco) ascenderam a 77 milhões de euros, mais 13% do que em 2023.

A margem bruta (que engloba todas as receitas) alcançou os 346 milhões de euros em 2024 em Portugal (também mais 13%).

Em termos globais, a margem bruta do grupo Bankinter ascendia no final de 2024 a 2.901 milhões de euros, mais 9,1% do que um ano antes, "com um bom desempenho das receitas por comissões", que alcançaram os 917 milhões de euros, mais 12,3% do que em 2023.

As comissões líquidas ascenderam em 2024 a 717 milhões de euros, mais 14,9% do que em 2023.

A carteira de crédito concedido a clientes era de 80.097 milhões de euros no final de 2024, mais 4,2% do que em 2023, com o rácio de morosidade a manter-se nos 2,11%.

No caso específico das hipotecas (crédito para compra de casa), o Bankinter destaca "alguma dinâmica" no segundo semestre de 2024, "o que permitiu igualar a nova produção hipotecária à do ano anterior, 5.800 milhões de euros".

Os recursos totais de clientes aumentaram 13,1% no ano passado e os ativos totais do grupo Bankinter no final de 2024 ascendiam a 121.972 milhões de euros, mais 7,9% do que um ano antes.

A rentabilidade sobre os capitais próprios (ROE) alcançou 17,9% no final de 2024 (era 17,1% no ano anterior).

Num comunicado divulgado hoje, o grupo Bankinter sublinha que "soube conjugar com êxito a evolução negativa das taxas de juro registada ao longo do ano com um crescimento dos volumes de negócio, tanto em carteira de crédito como em recursos de clientes".

Em relação ao futuro, e em resposta a questões dos jornalistas, Gloria Ortiz considerou que existe o risco de 2025 voltar a ser um ano de agravamento da inflação se se concretizarem medidas anunciadas pelo novo Governo dos Estados Unidos liderado por Donald Trump.

Leia Também: Bankinter teve lucros recorde de 953 milhões de euros em 2024

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