De acordo com a nota, assinada por oito sindicatos, as estruturas "fizeram uma análise sobre a contraproposta da empresa de 0,2%, que consideraram vergonhosa e mesmo provocatória, não respondendo às necessidades dos trabalhadores e que não valoriza os salários e as carreiras de quem trabalha".
Para os sindicatos, "a política de baixos salários que é uma prática da Altice/Meo, aliada ao agravamento do custo de vida, tem mantido a maior parte dos trabalhadores numa situação cada vez mais difícil".
Por isso, indicaram, "para que seja possível uma negociação séria, é necessário um aumento salarial digno desse nome, que recupere o poder de compra e responda à inflação prevista".
Numa reunião, esta segunda-feira, os sindicatos criticaram "a vergonhosa contraproposta", questionando "se a empresa tinha uma nova proposta de alteração que vá ao encontro das expectativas dos trabalhadores, porque a atual é inqualificável".
Segundo o comunicado, "os representantes da empresa envolveram-se em mais uma história da transformação da empresa e do setor, dos problemas da Alemanha, da guerra e do Trump".
De acordo com os sindicatos, a empresa informou que tinha "entre 10 e 12 milhões de euros, mas não era para todos, tendo apresentado 4 propostas em que a melhor seria 12 euros para todos os trabalhadores", sendo que "esta proposta vale 1,5 milhões de euros".
Depois de avaliarem a proposta, os oito sindicatos "concluíram que não têm condições para prosseguir as negociações, dada a manifesta insuficiência da proposta da Meo, uma vez que não responde minimamente às necessidades dos trabalhadores" e solicitam a presença da presidente executiva do grupo, Ana Figueiredo, na próxima reunião.
O comunicado foi assinado pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais (Sinttav), Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT), o Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT), o Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações, Media e Serviços (Sindetelco), Sindicato das Comunicações de Portugal (Sicomp), Sindicato Nacional dos Quadros das Telecomunicações (TENSIQ), Federação dos Engenheiros (FE) e Sindicato de Quadros das Comunicações (Sinquadros).
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