Bruxelas propõe hoje nova União da Poupança e Investimento para economia 'mexer'

A Comissão Europeia vai propor hoje uma nova União da Poupança e Investimento para a economia da União Europeia ser mais competitiva, centrando-se num maior rendimento dos depósitos dos cidadãos e em mais financiamento para as empresas.

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Lusa
19/03/2025 06:09 ‧ ontem por Lusa

Economia

Comissão Europeia

A proposta será apresentada em Bruxelas pela comissária europeia para os Serviços Financeiros e União de Poupança e Investimento, a portuguesa Maria Luís Albuquerque, e visa ligar as poupanças ao investimento mais produtivo, principalmente nas áreas prioritárias para a União Europeia (UE) como inovação, descarbonização, tecnologias digitais e defesa.

 

Por isso, esta comunicação sobre uma União da Poupança e do Investimento deverá centrar-se no aumento do rendimento das poupanças dos cidadãos da UE e no alargamento das oportunidades de financiamento para as empresas, para assim tornar a economia comunitária mais competitiva.

Nestes cinco anos de mandato do executivo comunitário, esta será uma das principais tutelas da comissária portuguesa, Maria Luís Albuquerque, responsável que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já descreveu como "a principal interveniente" e "a pessoa certa" para a criação de União da Poupança e do Investimento.

Num contexto de tensões geopolíticas e de transição política norte-americana, Von der Leyen quer apostar na competitividade económica comunitária neste seu segundo mandato à frente da instituição, razão pela qual já chamou a esta uma Comissão de Investimento e incumbiu a comissária europeia portuguesa de mobilizar um montante substancial de capital na UE, nomeadamente privado.

Dados do Banco Central Europeu indicam que, todos os anos, a UE perde 470 mil milhões de euros de investimento que não é feito na UE devido à falta de uma União dos Mercados de Capitais.

Isto num contexto em que, após a pandemia de covid-19, a UE dispõe hoje de 33 biliões de euros em poupanças privadas, predominantemente detidas em moeda e depósitos.

São estas perdas que a Comissão Von der Leyen quer colmatar, nomeadamente após os relatórios sobre competitividade da economia europeia elaborados pelos antigos primeiros-ministros italianos Enrico Letta e Mario Draghi terem defendido uma União da Poupança e do Investimento para não só manter as poupanças privadas na UE, mas também atrair recursos adicionais do estrangeiro.

Leia Também: Scholz, Macron, Von der Leyen e Rutte saúdam plano de defesa alemão

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