O ministro das Finanças canadiano, François-Philippe Champagne, confirmou hoje a medida num comunicado, adiantando que as tarifas serão aplicadas a veículos fabricados nos Estados Unidos não abrangidos pelo acordo de comércio livre USMCA.
Serão também taxados componentes não produzidos no Canadá ou no México em veículos importados dos Estados Unidos.
"O Canadá continua a responder firmemente a todas as tarifas injustificadas e irracionais impostas pelos Estados Unidos sobre os produtos canadianos. O governo está firmemente empenhado em garantir que os EUA eliminam estas tarifas o mais rapidamente possível e protegerão os trabalhadores, as empresas, a economia e a indústria canadianas", disse Champagne.
A 03 de abril, entraram em vigor tarifas americanas de 25% sobre os automóveis produzidos no Canadá e não abrangidos pelo USMCA, após anúncio do próprio Presidente Donald Trump.
Washington anunciou ainda que, a partir de 03 de maio, algumas peças automóveis canadianas serão taxadas a 25%.
O primeiro-ministro Mark Carney reagiu quase de imediato ao anúncio de Trump indicando a intenção de impor as tarifas de 25% sobre veículos dos Estados Unidos, mas o seu governo não havia anunciado até hoje quando entrariam em vigor.
Desde 04 de março, a administração Trump impôs também uma de 25% sobre os produtos canadianos não regulados pelo USMCA e uma tarifa de 10% sobre as importações canadianas de energia e potássio.
A 12 de março, os EUA impuseram tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio canadianos.
O Canadá respondeu com tarifas de retaliação de 25% sobre produtos dos Estados Unidos importados para o país e tarifas recíprocas em produtos de aço e alumínio dos EUA.
O Canadá é o maior mercado de veículos produzidos nos Estados Unidos, tendo em 2024 importado veículos do país vizinho no valor de 35,6 mil milhões de dólares canadianos (22,8 mil milhões de euros).
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