O Fisco agendou, em 2012, a penhora a 471.011 salários de contribuintes em dívida para com o Estado, o que representa um incremento para mais do dobro face aos ordenados que foram sujeitos a este ‘ajuste de contas’ no ano anterior: em 2011 as Finanças decretaram a penhora a um total de 210.833 salários. Porém, adverte o Diário Económico, só uma pequena parte resultou em penhora efectiva do ordenado.
Só 6,5% das penhoras registadas no ano passado serão, de facto, concretizadas, ou seja, apenas 30.428 dos casos acabarão mesmo em penhora do salário.
“A diferença significativa entre o número de penhoras marcadas e o número de penhoras efectivamente concretizadas decorre, em grande medida, de os contribuintes devedores (…) procederem à regularização das suas dívidas, antes ainda de se chegarem a concretizar efectivamente as penhoras”, explica a secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais, citada pelo Diário Económico.
Ainda assim, somando a penhora dos salários com a venda de carros e partes sociais, os cofres do Estado conseguiram amealhar 501,6 milhões de euros em 2013, mais 17,1% do que no ano anterior.