Contas manipuladas? Não. A ministra só fez "uma pergunta"

Antena 1 adiantou que o Governo terá levado a Parvalorem a manipular contas. O organismo nega, assim como a governante envolvida (Maria Luís Albuquerque). Oposição apressa-se nas críticas.

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Notícias Ao Minuto
29/09/2015 14:50 ‧ 29/09/2015 por Notícias Ao Minuto

Economia

Parvalorem

No seguimento da notícia avançada pela Antena 1, dando conta de que o Executivo terá mandado alterar, em 2013, as contas da Parvalorem para que os prejuízos fossem menores do que aquilo que eram na realidade, foram vários os esclarecimentos que foram surgindo ao longo da manhã.

Maria Luís Albuquerque, atualmente ministra das Finanças, apressou-se a garantir que “não é possível” o Governo indicar a vontade de reduzir os números e que a abordagem foi apenas “uma pergunta”.

“O que perguntei foi se a expectativa de cobrança de créditos não estaria a ser demasiado negativa”, defendeu-se aquela que na altura era secretária de Estado do Tesouro, explicando: “As contas são da responsabilidade da administração das empresas, com critérios que estão definidos. (…) Não é nada se possa ocultar, disfarçar nem manipular de alguma forma”.

Da parte da Parvalorem, o desmentido surgiu sem demora. A empresa gestora dos ativos tóxicos do ex-BPN realçou que o fecho de 2012 “não foi mais do que um normal exercício”.

Também o Ministério das Finanças emitiu um comunicado em que garantiu não ter existido manipulação das perdas da empresa pública e informou que “qualquer materialização ou não dessas perdas é sempre registada nas contas da Parvalorem no momento em que se verificam, com o correspondente impacto nas contas públicas”.

A mesma posição foi corroborada pelo primeiro-ministro, que olha para a investigação da Antena 1 como uma manipulação da campanha eleitoral. “À medida que a campanha vai avançando, há um certo interesse em poder encontrar coisas que podem eventualmente ser incómodas, nomeadamente para o Governo”, acusou Passos Coelho, negando que tenha havido ocultação de prejuízos do BPN no défice.

 

Em tempo de campanha, oposição não perdoa

Por parte da oposição, as reações não se fizeram esperar. Enquanto António Costa (PS) dá como certo que o Governo foi apanhado “mais uma vez num truque”, Catarina Martins (Bloco de Esquerda) lamenta que “este tipo de estratagemas tenha sido adotado vezes demais em Portugal e por vários governos”.

A opinião é partilhada por Jerónimo de Sousa (enquanto representante da CDU), que acusa: “Esta arte de substituir a verdade por esquemas não é novidade neste Governo”. Já pela boca de Rui Tavares ouve-se a reação do Livre/Tempo de Avançar, com o dirigente a acusar Maria Luís Albuquerque de “maquilhar” o défice.

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