"Adiamento da correção do défice é positiva"

O adiamento por um ano do fim do procedimento por défice excessivo é positivo para o antigo vice-governador do Banco de Portugal João Salgueiro, que acredita que o tempo poderia trazer uma estratégia consistente para a banca.

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© Reuters

Lusa
18/05/2016 16:04 ‧ 18/05/2016 por Lusa

Economia

João Salgueiro

Na conferência de imprensa de apresentação das decisões hoje tomadas pelo executivo comunitário no quadro do semestre europeu de coordenação de políticas económicas, o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, anunciou que a Comissão Europeia decidiu propor dar a Portugal "mais um ano, e apenas mais um ano" para colocar o défice abaixo dos 3% do Produto Interno Bruto (PIB).

"Parece-me bem que se dê tempo ao Governo português para ter uma estratégia consistente", afirmou, após uma audiência com o Presidente da República no âmbito do Manifesto sobre a Banca Portuguesa "Reconfiguração da banca em Portugal -- Desafios e linhas vermelhas", do qual João Salgueiro é subscritor.

O antigo presidente da Associação Portuguesa de Bancos salientou também como positivo que Bruxelas dê a Portugal tempo para se venderem bancos "por um valor justo", sem precisar a qual dos bancos se estaria a referir.

Hoje, a Comissão Europeia recomendou ainda a Chipre, Irlanda e Eslovénia que saiam do Procedimento por Défices Excessivos (PDE), deixando seis países no braço corretivo do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), entre os quais Portugal.

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