Arriscamos dizer que é diária a frequência de vezes que se fala de Alzheimer, o que se justifica por ser esta uma doença cada vez mais comum que em 2030, diz a Organização Mundial de Saúde, irá afetar 75 milhões de indivíduos em todo o mundo.
Pela falta de tratamentos que curem esta doença cognitiva e pela indefinição acerca da sua origem, o problema é tema de inúmeros estudos, um dos quais associa a doença ao herpes.
Foi publicado na Neuron, revista especializada americana, onde se indica que a presença de pelo menos dois vírus associados ao herpes é duas vezes superior no caso de cérebros afetados por Alzheimer, em relação ao de indivíduos que não contam com a doença cognitiva em questão.
HHV-6A e HHV-7 são os vírus a que os investigadores se referem e que assumem ter descoberto por acidente, aquando da procura por genes humanos que mais se ativassem no caso de tecidos cerebrais afetados por Alzheimer. Por ser um resultado inesperado, os autores do estudo confirmaram a conclusão através da realização de mais testes em tecidos cerebrais humanos de três outros bancos de dados disponíveis para estudos do género.
Tal confirmação permitiu uma amostra mais variada e completa o que vem sustentar a descoberta agora apresentada.
Apesar disso, e com base no desenvolvimento do próprio estudo, os especialistas não crêem que o Alzheimer seja contagioso, embora alguns tipos de herpes o sejam, uma vez que a associação apontada se baseie noutros tipos de virus de herpes que não é visível a olho nu e que, embora não tenha consequências, é comum a grande percentagem populacional.