Na sombra da Gripe Espanhola: 'Doença X' pode matar milhões de indivíduos
Epidemia fatal. Praga devastadora denominada pelos cientistas como ‘Doença X’ poderá matar milhões de indivíduos saudáveis… assim como a influenza espanhola aniquilou 5% da população mundial, no inicio do século XX.
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Atualmente cientistas do mundo inteiro estão a trabalhar em conjunto contra uma doença que ainda não existente, devido a medos fundamentados de que uma nova e devastadora patologia poderá ter origem numa estirpe mutante da infame influenza, capaz de afetar milhões de indivíduos, mesmo aqueles com sistemas imunitários saudáveis.
A potencial praga mortal já foi denominada pelos cientistas como ‘Doença X’ e poderá revelar-se fatal para milhões de indivíduos em todo o mundo, à semelhança de epidemias passadas – tais como a Peste Negra ou a Gripe Espanhola.
Agora, a comunidade científica está a trabalhar desesperadamente para prever quando o super vírus irá surgir, de modo a estar preparada para o combater eficazmente.
Os cientistas temem que a doença evolva de uma forma mutante de influenza e que as pessoas ditas saudáveis sejam de facto as mais vulneráveis.
Tal foi o caso aquando da incidência da Gripe Espanhola em 1918 – durante a qual a população mais jovem e sadia constituiu a maioria das vítimas fatais.
Na altura o vírus exterminou cerca de 5% da população mundial, tornando-a assim num dos piores desastres que afetou a humanidade.
Os indivíduos jovens e saudáveis serão o alvo principal
Se a ‘Doença X’ se desenvolver a partir de uma estirpe de influenza, poderá ter o mesmo efeito devastador entre as populações mais jovens.
Preocupantemente, a influenza é propagada através do ar, podendo sofrer mutações súbitas e ser transmitida entre diversas espécies – assim como a Gripe A.
O médico e cientista Jonathan Quick, presidente do Global Health Council (Conselho Global de Saúde), disse à publicação Raconteur que o contacto de pessoa para pessoa torna a propagação mais rápida e perigosa.
“O nosso maior medo é sermos apanhados de surpresa por um novo vírus, que se propague inicialmente de animais para humanos e de seguida entre humanos, com uma taxa de mortalidade de pelo menos 5 a 10%, que não responda aos fármacos e tratamentos médicos atuais, e para o qual não exista uma vacina”.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou já no ano passado que as condições atuais são ideais para a emergência da ‘Doença X’.
Num comunicado, a organização com base em Genebra, disse: “’A Doença X’ representa o conhecimento de que uma epidemia séria internacional poderá ser provocada por um agente patogénico ainda desconhecido”.
John-Arne Rottingen, consultor científico da OMS, disse: “A história diz-nos que é extremamente provável que o próximo surto seja algo que até agora não tenhamos confrontado”.
“Temos que nos preparar e formular planos em termos de vacinação e diagnósticos”, concluiu.
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