25% dos portugueses com dermatite grave têm doença fora de controlo

Um estudo nacional realizado junto de profissionais de saúde revela que um quarto (24%) dos adultos com dermatite atópica (DA) moderada a grave não tem a doença controlada, apesar de estar a fazer tratamento. Esta é a principal conclusão de um ensaio que pretendeu estimar quantos doentes são tratados por especialistas e avaliar como é feito esse tratamento.

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Liliana Lopes Monteiro
25/06/2019 20:00 ‧ 25/06/2019 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Dermatite atópica

Conduzido pela IQVIA com o apoio da Sanofi, o estudo Nostradamus estima que existem cerca de 34 mil portugueses com DA moderada a grave, representando 40 a 45% dos adultos com dermatite atópica em território nacional. A maioria é jovem, estimando-se que 74% tem menos de 45 anos de idade.

“Não existem atualmente orientações para o tratamento da DA em Portugal, e pouco se sabe sobre o padrão de cuidados prestados a estes doentes, bem como os resultados obtidos com os tratamentos atuais. Este estudo representa um avanço na área e permite-nos monitorizar mais eficazmente a patologia, a par das novas terapêuticas que podem vir a mudar o paradigma do tratamento da DA no nosso país”, afirma Pedro Mendes Bastos, dermatologista e um dos autores do estudo.

Adicionalmente, e de acordo com outros estudos sobre o impacto da doença, as pessoas com DA moderada a grave veêm a sua qualidade de vida diminuída, devido a lesões cutâneas, prurido intenso, perturbações do sono e sintomas exacerbados de ansiedade e depressão. A patologia apresenta um encargo socioeconómico importante.

O estudo avaliou quais os parâmetros que, na opinião dos médicos, são decisivos na escolha da terapêutica como, a eficácia na redução do eczema e do prurido, bem como a segurança do tratamento.

O Nostradamus auscultou um total de 50 especialistas (40 dermatologistas e 10 imunoalergologistas) através de inquéritos e entrevistas aprofundadas, com base no número de doentes tratados nos últimos 12 meses.

A Sanofi está empenhada em melhorar a vida das pessoas que vivem com DA, nomeadamente através de parcerias que trabalham na investigação, em programas de desenvolvimento clínico, em novas terapêuticas, na sensibilização da sociedade e no apoio à comunidade de dermatite atópica em todo o mundo.

Sobre Dermatite Atópica

Trata-se de uma doença inflamatória crónica cutânea, caracterizada por diversos sintomas, sendo o prurido o mais frequente e complicado, impactando de forma significativa a vida pessoal, social e profissional.

Estima-se que a prevalência na população em geral seja de 2-5%, e de cerca de 15% nas crianças e adolescentes.

Pode surgir em todas as idades, mas o seu início é mais frequente no grupo etário abaixo dos 5 anos de idade.

A DA está muitas vezes associada a outras patologias alérgicas como a alergia alimentar, rinite polínica, e asma em indivíduos que têm uma hipersensibilidade alérgica, ou atopia.

Devido à importância que a alergia pode desempenhar na DA, é indispensável que exista um diagnóstico preciso e que haja seguimento por um alergologista ou dermatologista

 

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