Até ao momento a psilocibina já passou por testes de segurança e espera-se que seja brevemente aprovada para ser utilizada em pacientes com depressão grave e resistente a tratamentos comuns, tais como a toma de antidepressivos e psicoterapia.
Segundo informações divulgadas pela revista Galileu, foi uma equipa de investigadores britânicos da universidade King's College, em Londres, que ao realizar testes clínicos detetou a utilidade surpreendente da psilocibina - o princípio ativo que confere o poder alucinogénio aos chamados cogumelos mágicos.
No estudo conduzido no Reino Unido, os académicos administraram a substância a 90 indivíduos saudáveis. Sendo que os voluntários foram divididos em três grupos que receberam diferentes doses da droga. Como tal, dois dos grupos receberam 10 miligramas de psilocibina e 25 miligramas, já o restante ingeriu somente um placebo.
Os dados apurados revelaram que todos os indivíduos que tomaram o alucinogénio apresentaram melhorias no humor. E igualmente importante, nenhuma das pessoas que consumiu a psilocibina sofreu efeitos secundários de maior. A descoberta vai de encontro ao que outros estudos já haviam anteriormente apontado: o princípio ativo dos cogumelos mágicos é um poderoso antidepressivo.
“Os resultados do estudo são clinicamente relevantes e suportam o desenvolvimento da psilocibina para o tratamento de pacientes com problemas de saúde mental que não melhoram com o recurso a terapias tradicionais”, disse num comunicado o líder do estudo, James Rucker, psiquiatra do King's College.