Medicamentos já existentes capazes de tratar o coronavírus, diz estudo

Um estudo norueguês afirma que, por já serem conhecidos os seus efeitos e aprovados pelas autoridades de saúde, o reaproveitamento de determinados fármacos antivirais pode ser uma estratégia eficaz contra o Covid-19.

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Liliana Lopes Monteiro
28/02/2020 13:31 ‧ 28/02/2020 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Covid-19

Até ao momento e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) já foram diagnosticados 82.550 casos de coronavírus. Conforme explica um artigo publicado na revista Galileu, apesar de ainda não existirem medicamentos específicos para tratar a doença, o facto é que uma equipa de cientistas noruegueses garante que é deveras possível realizar um tratamento seguro e eficaz contra o Covid-19, com fármacos já existentes no mercado.

Num ensaio científico publicado no periódico International Journal of Infectious Diseases, Denis Kainov, professor da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, disse que a reutilização de certos fármacos pode ser altamente eficaz. “Tneicoplanina, oritavancina, dalbavancina e monensina são antibióticos aprovados que demonstram inibir o coronavírus em laboratório", refere.

Os investigadores garantem que esses fármacos antivirais são uma excelente arma para tratar a patologia. Sendo que, como explica a Galileu, a vantagem reside no facto de que os dados acerca do seu desenvolvimento já são conhecidos, incluindo as etapas de síntese química, processos de produção, e inclusive os resultados que têm em etapas diferentes dos testes clínicos. 

"O reposicionamento de medicamentos já lançados ou até com falha em doenças virais oferece oportunidades de tratamento, incluindo uma probabilidade substancialmente maior de sucesso no mercado, em comparação com o desenvolvimento de novos medicamentos e vacinas específicas para o vírus", escreveram os cientistas no artigo.

A revista Galileu aponta ainda que no total são 120 os fármacos que já provaram ser seguros para o uso em humanos, mais ainda entre esses 31 foram considerados possíveis candidatos à profilaxia e tratamento das infeções por Covid-19.

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