Os cães tendem a 'pedir' todo o tipo de comida que veem, mas cabe aos donos saber dizer não. E a razão é muito simples: a comida dos humanos faz mal e por vezes pode ser fatal para os bichos.
"Vemos animais que comem todo o tipo de alimentos", afirma John de Jong, presidente da Associação Norte-Americana de Medicina Veterinária. Para o especialista, os donos tendem a dar 'só um bocadinho' do que estão a comer aos animais, mas até mesmo pequenas quantidades podem ser nocivas, provocando sintomas como "vómitos, diarreia e outros problemas como hematúria [presença excessiva de glóbulos vermelhos na urina] e ataxia [transtorno neurológico que afeta a coordenação dos movimentos]" devido à toxicidade a que o seu organismo é alvo.
É o caso da cebola e do alho cru, por exemplo. De acordo com a Fox News, estes dois alimentos até podem ser altamente benéficos para a saúde humana, mas para os cães podem significar um possível envenenamento causado por danos oxidativos nos glóbulos vermelhos. Entre os sinais de alerta estão a diarreia, o vómito, a baba excessiva e sangue na urina.
Embora seja comum em muitas famílias, dar ossos aos cães é também um perigo, pois, ao serem roídos, os ossos partem e podem perfurar os órgãos. Um pedaço de presunto, de carne de aves ou de carne vermelha que se dá ao cozinhar deve ser evitado ao máximo. Segundo o especialista, este tipo de alimentos, em particular o frango, podem causar diarreia no animal.
Uvas e ameixas também não são alimentos recomendados. A uvas “devem ser dadas com algum cuidado, porque em excesso também podem provocar alterações. Por sua vez, “o abacate não é uma fruta altamente prejudicial, mas que em grandes quantidades pode ser”, conta.
E o chocolate? Bem, esse é totalmente proibido. Como explicou o especialista, “alguns alimentos são mesmo proibidos. O chocolate é um exemplo. Às vezes e sem ser por mal, queremos dar um pequeno presente ao nosso patudo, mas o chocolate é extremamente tóxico, provoca alterações graves neurológicas, vómitos, e pode até matar o animal. Claro que temos que falar em tolerância, cada caso é um caso e um cão ou gato podem ter um nível de tolerância diferente, mas o dono não sabe. É como nos medicamentos, uma substância pode causar efeitos secundários numa pessoa enquanto que noutra não, trata-se de intolerância individual”.
Quanto a outro tipos de doces, como gomas, o melhor é também evitar, isto porque os elevados níveis de açúcar presentes na composição destes produtos podem causar hiperatividade e problemas de estômago nos bichos.
Os produtos à base de leite, como gelados, também não devem fazer parte da alimentação dos animais, embora "uma colher possa não fazer mal", porém, os cães podem também ser intolerantes à lactose, por isso, todo o cuidado é pouco, alerta o médico norte-americano.