No geral, o autismo afeta diferentes aspetos do quotidiano e, segundo um novo estudo, pode até prejudicar as mulheres, durante a gravidez. Investigadores afirmam que grávidas, com autismo, estão mais vulneráveis a depressão e ansiedade.
Feito na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e publicado na revista científica Journal of Autism and Developmental Disorders, o estudo tem como base um questionário, sobre a experiência da gravidez, respondido por 524 pessoas, não autistas, e 417 autistas.
Leia Também: O médico explica: Autismo, a doença solitária de quem vive no seu mundo
Com estas informações, foi possível concluir que as grávidas, com autismo, têm uma probabilidade três vezes maior de sofrer de depressão pós-parto (que afeta 9% das mães não autistas e 24% das mães autistas) e ansiedade (sentida por 14% das mães não autistas e 48 % das mães autistas), quando comparadas com as que não têm este diagnóstico.
Segundo explicam os investigadores, em comunicado, as pessoas com autismo, e que responderam ao questionário, também sentiram uma menor satisfação com os cuidados de saúde, no geral, durante a gravidez. Já que tinham menos confiança nos profissionais de saúde e sentiam que as suas dúvidas e preocupações não eram levadas a sério.
Além de tudo isto, as participantes autistas tinham mais hipóteses de apresentar problemas sensoriais durante a gravidez, muitas sentiram-se ainda sobrecarregadas pelo ambiente sensorial das consultas pré-natais.
Leia Também: Problemas que afetam grávidas aumentam risco de morte precoce dos filhos