Recentemente, um estudo sugeriu que os adultos, com um estilo de vida sedentário, estão mais vulneráveis a sofrer de demência. Aliás, mais especificamente, segundo os investigadores, o risco torna-se mais significativo em indivíduos com 60 anos, ou mais, que normalmente passam mais de 10 horas sentados, todos os dias.
Para chegarem a estas conclusões, os investigadores, citados no The Independent, analisaram cerca de 50 mil adultos, com mais de 60 anos, registando os movimentos de cada um, ao longo de uma semana. Não existiam diagnósticos de demência no grupo.
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Seis anos mais tarde, os investigadores utilizaram os registos hospitalares, os registos de óbitos e descobriram que mais de 414 indivíduos tinham sido, entretanto, diagnosticados com esta doença neurológica. Além disto, os cientistas tiveram em conta uma série de fatores como idade, sexo, raça e etnia.
Graças a isto, sugerem que o comportamento sedentário estava associado a um maior risco de demência, entre os indivíduos analisados. Mas, ao mesmo tempo, descobriram que certas quantidades de comportamento sedentário não estavam associadas com a doença.
"Ficámos surpreendidos ao descobrir que o risco de demência começa a aumentar rapidamente após 10 horas de sedentarismo por dia, independentemente da forma como o tempo de sedentarismo foi acumulado", explicou o autor do estudo, Gene Alexander da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos.
Isto significa que foi "o tempo total de sedentarismo que determinou a relação entre o comportamento sedentário e o risco de demência" e que "níveis mais baixos de comportamento sedentário, até cerca de 10 horas, não foram associados a um risco acrescido".
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