Liam Payne, ex-membro dos One Direction, morreu no dia 16 de outubro, após uma queda do terceiro andar de um quarto de hotel em Buenos Aires, na Argentina. Entretanto, os exames toxicológicos realizados ao cantor, cujos resultados foram citados pela ABC News e pelo TMZ, revelaram que o cantor britânico tinha várias substâncias no organismo.
Mais especificamente, o artista teria no organismo benzodiazepina e crack, assim como "cocaína rosa". O que é? Joseph Janes, especialista em criminologia e professor, na Universidade de Swansea, Reino Unido, citado no The Conversation, explica que apesar do nome, "a cocaína rosa não contém necessariamente cocaína".
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É, na maioria dos casos, uma "mistura de várias outras substâncias, incluindo MDMA, cetamina e 2C-B". MDMA, mais conhecido por ecstasy, classifica-se como "um estimulante com propriedades psicadélicas"; a cetamina trata-se de "um poderoso anestésico com efeitos sedativos e alucinogénios"; e as drogas 2C são "classificadas como psicadélicas, mas também podem produzir efeitos estimulantes", acrescenta o especialista.
Já a cor tão vibrante deve-se ao uso de corantes alimentares e, em alguns casos, ao de morangos ou outros aromas. Normalmente ingere-se "sob a forma de comprimidos" ou "inala-se sob a forma de pó". É também conhecida como "cocaina rosada"; "tuci"; "Venus"; e "Eros".
Começou a ganhar popularidade, em meados de 2010, na Colômbia, mas, ao longo dos anos, espalhou-se por múltiplos países, incluindo alguns europeus, especialmente no Reino Unido e em Espanha.
Segundo o especialista "a cocaína rosa é difícil de detetar através de testes de drogas normais". Já no site do Poison Control dos Estados Unidos lê-se que "os efeitos a longo prazo podem incluir problemas cardíacos, aumento do risco de acidente vascular cerebral, alterações comportamentais e dependência".
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