Um novo estudo científico conseguiu restabelecer o controlo muscular de um rato com doença de Parkinson através de células cerebrais humanas concebidas para não serem detetadas pelo sistema imunitário.
A investigação é mais uma contribuição no desenvolvimento de uma linha celular 'universal', podendo ser transplantada em qualquer pessoa, com o objetivo de curar várias doenças sem a a necessidade de se recorrer a medicamentos anti-rejeição.
"É uma proposta de célula única para todos", afirma Clare Parish, bióloga de células estaminais do Florey Institute of Neuroscience and Mental Health em Melbourne, na Austrália, e coautora do estudo, citada pela Nature.
O trabalho, publicado nesta quinta-feira, dia 10 de abril, na revista Cell Stem Cell, baseia-se em esforços anteriores para 'camuflar' as células do sistema imunitário.
A camuflagem desempenha um papel fundamental para as terapias de substituição de células que estão a ser testadas para a cura de doenças como diabetes tipo 2, Parkinson, insuficiência cardíaca, e até mesmo cegueira.
Assim, a necessidade de medicamentos imunossupressores seria suprimida, diminuindo o risco de infeção, cancro, e danos nos tecidos, causas que lhes são características.
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