A carne vermelha faz parte da alimentação de muitos portugueses. Em maior ou menor quantidade, com mais ou menos frequência, este alimento está no leque de proteínas animais que protagonizam as refeições um pouco em todo o mundo… mas há que ter moderação.
Como reconheceu a Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano passado, as carnes processadas são impulsionadoras de cancro e a carne vermelha é potencialmente cancerígena quando consumida frequentemente e/ou em excesso.
Embora o efeito do consumo desta proteína de origem animal não seja igual em todas as pessoas e a forma como a carne é confecionada e consumida tenha muito a dizer sobre os possíveis riscos associados, a verdade é que a ciência faz soar o alarme cada vez com maior frequência, associando este alimento ao aparecimento e agravamento de várias doenças.
É o caso do cancro colo-retal, como se lê no site da revista Prevention, que coloca a carne vermelha como um dos principais causadores desta doença. Mas a ingestão de carne vermelha está ainda associada ao problema de doenças de coração, tendo esta relação sido já encontrada em 11 diferentes estudos científicos, que apontam (quase todos) para as gorduras e os níveis de sódio como principais culpados.
O AVC (acidente vascular encefálico) é outra das consequências do consumo de carne, tendo sido descoberto que quem ingere frequentemente este alimento corre um risco 13% maior, subindo para 15% no caso de carnes processadas.
Cada dose de carne vermelha consumida por dia aumenta o risco do Diabetes entre 9% a 18%, continuando as carnes processadas a assumirem-se como mais problemáticas.
E como tanto a carne vermelha como a carne processada estão relacionadas com doenças do estilo de vida, o consumo deste tipo de alimentos é também um fator para a diminuição da longevidade. Por cada dose adicional de carne vermelha não processada, o risco de morte por qualquer causa sobre 13%.