Que as redes sociais quebram qualquer barreira espacial, temporal e linguística, não restam dúvida, mas a verdade é que não é pelo facto de as pessoas terem mais facilidade em estabelecer contactos que são mais sociáveis. A realidade é exatamente o oposto.
Um recente estudo do Centro de Pesquisa sobre Meios, Tecnologia e Saúde da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, sugere que quanto maior for o uso de redes socais, maior é a sensação de isolamento das pessoas.
Para os investigadores, lê-se no site LiveScience, o isolamento social que estas pessoas sentem é definido como a falta de um sentido de presença e envolvimento com terceiros e apresenta um sério risco para a saúde, impulsionando alguns tipos de doenças de foro mental, que podem resultar na morte.
Publicado esta segunda-feira na revista American Journal of Preventive Medicine, o estudo revela que as redes sociais causam um sentimento de isolamento pelo simples facto de limitarem os contactos presenciais e darem origem a relações ‘artificiais’, criadas online e que nem sempre têm um real significado para as pessoas.
De acordo com o estudo, apesar de os participantes no estudo passarem ‘apenas’ a média de uma hora por dia online, a verdade é que 27% confessou um alto nível de isolamento social, sendo que esta sensação aumenta conforte cresce o tempo que se passa nas redes sociais. Na prática, as pessoas que passam mais do que duas horas nas redes sociais são duas vezes mais propensas a sentirem-se isoladas do mundo.
Para o estudo, diz a publicação, foram analisados 1,700 adultos norte-americanos com idades entre os 19 e 32 anos, que tiveram que responder a questionários sobre as redes sociais que usavam, a frequência com que o faziam e o que sentiam quando lá navegavam.