Estes alimentos podem impulsionar a propagação do cancro

Investigação realizada em ratos de laboratório revela que há um aminoácido que pode fazer com que o tumor cancerígeno invada o resto do corpo.

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Daniela Costa Teixeira
08/02/2018 21:38 ‧ 08/02/2018 por Daniela Costa Teixeira

Lifestyle

Estudo

Que a alimentação tem um papel determinante na prevenção, no aparecimento e no tratamento do cancro, já a ciência o provou em mais do que um estudo. Contudo, sabe-se, agora, que há um conjunto específico de alimentos que pode ser capaz de incentivar uma das mais indesejadas consequências da doença: a propagação do tumor pelo corpo.

Conta um recente estudo levado a cabo pelo Instituto de Pesquisa do Cancro de Cambridge, no Reino Unido, que a asparagina pode ser uma espécie de ‘trampolim’ para que o cancro da mama dê ‘vida’ a metástases.

Este aminoácido está presente nos espargos – sendo o responsável pelo nome do alimento -, mas encontra-se ainda na carne de aves e no marisco. O leite, a carne de vaca e os ovos podem também conter este aminoácido não essencial.

Realizado em ratos de laboratório detentores da forma mais agressiva do tumor da mama – e que acabariam por falecer em poucas semanas à ‘boleia’ da propagação do tumor -, os cientistas britânicos conseguiram perceber que uma dieta com fraca presença de asparagina ou a toma de um suplemento que trave a ação deste aminoácido ajudou a que o tumor da mama tivesse dificuldade em passar para outras partes do corpo, conta a BBC.

Na prática, a ausência deste tipo de alimentos na dieta de pacientes com cancro da mama pode ser a ‘salvação’ para que a doença não se espalhe ou agrave ainda mais.

Esta não é a primeira vez que a ciência deteta a ação nociva de aminoácidos. Conta também a BBC que uma equipa de investigadores da Universidade de Glasgow descobriu, no ano passado, que baixar a presença dos aminoácidos serina e glicina foi o suficiente para que o desenvolvimento de linfoma e cancro intestinal fosse mais lento.

Para os cientistas de Cambridge, e cujo estudo foi publicado na revista Nature, a alimentação pode vir a ser a base dos tratamentos anti-cancro do futuro.

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