Um novo balanço, também provisório, revela que voltou a subir o número de vítimas mortais provocadas pelos fogos que lavram na Grécia. Segundo informações avançadas por um autarca grego, são já 60 os mortos e mais de 170 os feridos.
A informação foi avançada por um autarca local e, entretanto, confirmada à agência Lusa por uma jornalista da agência grega AMNA.
"Até ao momento registam-se 60 mortos, mas muitas pessoas continuam dadas como desaparecidas. Os bombeiros estão a tentar procurar as pessoas nas casas das zonas que foram atingidas pelas chamas. Neste momento há 172 feridos, 60 dos quais são crianças. A maior parte dos feridos está internada em vários hospitais. É possível que o balanço de vítimas mortais venha a aumentar", disse à Lusa Eva Webster da AMNA, em Atenas.
A jornalista revelou ainda que o governo de Alexis Tsipras está a preparar uma reunião, marcada para as 14h00 (16h00 em Lisboa), na capital, para responder aos acontecimentos.
O primeiro-ministro reuniu-se segunda-feira com "vários membros do governo" tendo declarado que se trata de "uma grande tragédia e que está a ser organizada uma resposta para combater a situação", explicou Eva Webster.
O balanço anterior, recorde-se, apontava para 50 mortos e 156 feridos, vários dos quais em estado crítico, conforme avançou a Proteção Civil grega. Estas vítimas foram encontradas entre o porto de Rafina, a cerca de 30 quilómetros de Atenas, e Nea Makri, cerca de dez quilómetros mais a Norte.
Algumas encontravam-se em casa ou nos seus carros. Outras tentaram fugir do fogo atirando-se ao mar, mas acabaram por morrer afogadas.
Ainda de acordo com a agência AMNA, até ao momento, o Chipre enviou bombeiros e meios de combate a incêndios.
Um dos incêndios, a cerca de 50 quilómetros de Atenas, obrigou à evacuação de três localidades, reduzindo a cinzas dezenas de casas e causando o encerramento ao tráfego durante 17 quilómetros da autoestrada de Olímpia, que liga a capital ao Peloponeso.
[Notícia atualizada às 11h35 com declarações de jornalista grega à Lusa]