Cerca de 260 mil eleitores vão hoje às urnas nas Maldivas

Cerca de 260 mil eleitores das Maldivas, arquipélago turístico e país menos populoso da Ásia, escolhem hoje um novo Governo, em eleições gerais que marcam o fim de uma legislatura turbulenta, em que o Executivo do Presidente Abdulla Yameen enfrentou várias crises.

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© Reuters

Lusa
23/09/2018 06:45 ‧ 23/09/2018 por Lusa

Mundo

Sufrágio

Os 263 mil eleitores do país menos povoado da Ásia, com 436 mil habitantes, vão escolher entre Abdulla Yameen e o candidato de uma coligação de partidos opositores, Ibrahim Mohamed Solih.

Estas são as terceiras eleições multipartidárias no país, a seguir às de 2008 e 2013, e depois do governo de mais de 30 anos do Presidente Maumoon Abdul Gayoom.

Ao longo dos últimos cinco anos, o Presidente Abdulla Yameen consolidou o seu poder, com retrocessos de liberdades individuais e de imprensa, reforço do controlo governamental sobre as instituições independentes, prisões e exílio forçado de opositores.

O Partido Democrático das Maldivas (MDP, na sigla em inglês), a principal formação opositora, denunciou a falta de observadores internacionais "credíveis e independentes".

"Muitos dos observadores vêem de comissões regionais em regimes autoritários e outros de países com questionáveis credenciais democráticas", denunciou o partido em comunicado.

O MDP disse ainda que a Comissão Eleitoral contratou para o dia das eleições 107 ativistas do Partido Progressita das Maldivas (PPM, na sigla em inglês), do Presidente Yameen.

"Suspeita-se que o Governo irá manipular a votação e estamos muito preocupados com as decisões da Comissão Eleitoral", disse um porta-voz do candidato da Oposição.

Às acusações dos partidos opositores, juntam-se os alertas da União Europeia (UE) e das organizações de direitos humanos

O Presidente Yameen garantiu, por seu lado, que as eleições decorrerão com " a maior imparcialidade" e acusou a Oposição de procurar apenas impedir que ganhe as eleições.

Abdulla Yameen chegou ao poder em 2013 depois de ter derrotado o seu opositor por uma diferença de seis mil votos, numas eleições envoltas em polémica.

 

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