Os confrontos ocorreram durante duas manifestações diferentes, uma organizada pelas forças policiais espanholas e outra convocada pelos independentistas, que pretendiam assinalar, entre outros aspetos, o primeiro aniversário do referendo de 01 de outubro, marcado pela vitória ao "Sim" à independência da Catalunha.
Os polícias, oriundos de toda a Espanha, manifestaram-se hoje em Barcelona para reclamar melhores salários, mas também para homenagear os agentes que foram destacados em 2017 para impedir a realização da consulta pública de 01 de outubro, motivo esse que indignou os separatistas que organizaram uma contramanifestação.
De acordo com a câmara de Barcelona, cerca de 3.000 pessoas participaram na manifestação das forças policiais e outras 6.000 aderiram à ação dos independentistas.
Segundo as agências internacionais, um forte dispositivo da polícia regional catalã, conhecida como Mossos de Esquadra, carregou sobre os independentistas quando estes tentaram atravessar o cordão de segurança e começaram a lançar tinta e objetos.
A 01 de outubro de 2017, o governo regional catalão (Generalitat) então liderado por Carles Puigdemont, apoiado desde 2015 por uma maioria parlamentar de partidos separatistas, organizou e realizou um referendo contestado e considerado ilegal pela justiça.
A consulta pública ficou marcada pela violência exercida pelas forças policiais que tentaram impedir a realização do ato.
A votação teve uma taxa de participação de 43%, dos quais 92% votaram "Sim" à pergunta "Quer que a Catalunha seja um estado independente em forma de república?".