"Investigações preliminares realizadas pelo Ministério Público sobre o desaparecimento do cidadão saudita Jamal bin Ahmad Khashoggi revelaram que discussões, que ocorreram entre ele e as pessoas que se encontraram com ele durante a sua presença no consulado saudita em Istambul, levaram a uma luta com o cidadão, Jamal Khashoggi, que causou a sua morte. Que a sua alma descanse em paz", refere a agência, citando os procuradores sauditas.
A agência estatal de notícias saudita revelou também que um conselheiro próximo do príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, foi demitido, juntamente com três líderes dos serviços de inteligência do reino e oficiais.
A mesma agência de notícias anunciou ainda que o rei saudita Salman quer reestruturar os serviços de inteligência do reino.
As informações reveladas não identificam os 18 sauditas detidos pelas autoridades.
Os Estados Unidos da América já reagiram à informação da morte de Jamal Khashoggi, referindo que estão "entristecidos" com o caso.
"Estamos tristes por saber que a morte de Khashoggi foi confirmada", disse Sarah Sanders, porta-voz da administração norte-americana.
Sarah Sanders acrescentou que tomaram nota do anúncio do reino saudita de que "a investigação sobre o destino de Jamal Khashoggi está a avançar" e que foram tomadas medidas "contra os suspeitos que foram identificados até ao momento".
Khashoggi, jornalista saudita residente nos Estados Unidos desde 2017, era apontado como uma das vozes mais críticas da monarquia saudita.
Jamal Khashoggi, 60 anos, entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul no dia 02 de outubro para obter um documento para casar com uma cidadã turca e nunca mais foi visto.