O resgate de Julen sofreu um novo revés. O túnel vertical aberto paralelamente ao poço por onde caiu a criança de dois anos há nove dias é demasiado estreito para a introdução do revestimento de metal, planeado para proteger os operacionais que levarão a cabo a última fase do resgate - a construção do câmara horizontal de ligação ao poço onde estará Julen.
O túnel terá que ser perfurado de novo e só depois de concluída esta tarefa entrará em cena a brigada de mineiros encarregue de escavar manualmente o troço horizontal que alcançará o local onde está, supostamente, o menino.
O chefe da Brigada de Salvamento de Mineiros, Santiago Suárez, indicou, citado pelo El Mundo, que a maior dificuldade é o terreno, que "atípico" e "estranhamente duro". A intervenção manual, com recurso a martelos pneumáticos, pode até incluir a utilização de pequenos explosivos.
Ora, a utilização de explosivos causará sérias alterações ao solo, que podem resultar em risco acrescido para os operacionais, sendo, por isso, crucial a proteção das paredes do túnel.
Sublinhe-se que o estado do solo tem sido um dos principais entraves nos trabalhos. O túnel vertical, por exemplo, tinha um tempo estimado de perfuração de 15 horas, mas acabaram por ser necessárias 55 horas.
Agora, é necessário proceder ao revestimento das paredes do túnel, estimando-se que os trabalhos se prolonguem por mais um dia, pelo menos.
Os pais de Julen, Victoria García e José Roselló, estão desde quinta-feira a descansar numa casa cedida por uma moradora de Totalán, muito perto de onde se realiza a operação de resgate.
Sob a vigilância da Guardia Civil, o casal tem recebido a visita de familiares e de amigos, recebendo também apoio por parte da população. O casal perdeu um filho (Oliver) em 2017 devido a um problema cardíaco.
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