"Obra de engenharia humanitária" para encontrar Julen completa dez dias

Elementos que participam em trabalhos de resgate recusam fazer mais prognósticos sobre o tempo que levará ainda a encontrar a criança de dois anos.

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Andrea Pinto
23/01/2019 08:22 ‧ 23/01/2019 por Andrea Pinto

Mundo

Espanha

A operação de resgate para encontrar o menino de dois anos que caiu num poço em Totalán, Málaga, completa hoje dez dias de trabalhos contínuos, dia e noite. 

Todos os dias, os operacionais no terreno têm-se confrontado com obstáculos que têm atrasado os trabalhos. Por esse motivo, decidiram deixar de fazer prognósticos sobre o tempo que faltará para encontrar a criança.

Recorde-se que esta terça-feira acordou com a esperança de que em 24 horas se conseguiria chegar à criança. Novas complicações fizeram, porém, com que findo o prazo, os mineiros não tenham começado sequer a escavar o túnel horizontal. 

O túnel vertical aberto paralelamente ao poço por onde caiu a criança de dois anos há nove dias era demasiado estreito para a introdução do revestimento de metal  planeado para proteger os operacionais que levarão a cabo a última fase do resgate - a construção do câmara horizontal de ligação ao poço onde estará Julen. 

O túnel teve de ser perfurado de novo, trabalho que foi dado como finalizado, pelas 7h00 de hoje. Agora, sim, é tempo de entrar em cena a brigada de mineiros encarregue de escavar manualmente o troço horizontal que alcançará o local onde está, supostamente, o menino

Neste momento, uma equipa de 13 técnicos trabalha dia e noite no terreno para tentar contornar os obstáculos que vão surgindo, dá conta o El Pais. Ángel Garcia Vidal, responsável pela Faculdade de Engenharia de Caminhos, Canais e Portos de Málaga esteve no local e, depois de inspecionar a zona onde decorrem os trabalhos e de perceber que se trata de um terreno bastante complexo, afirmou que "esta não é uma operação de resgate mas sim uma obra de engenharia civil humanitária".

Entretanto, o Tribunal de Instrução n.º9 de Málaga abriu um processo para apurar as circunstâncias exatas em que Julen caiu, no domingo, no poço numa propriedade da família nos arredores de Totalán. Segundo fontes do Tribunal Superior de Justiça da Andaluzia (TSJA), a decisão foi tomada na sequência de um relatório feito pela Guarda Civil depois registar declarações dos pais do menor, do dono da propriedade e da pessoa que executou o poço a meio do mês de dezembro.

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