O Partido Reformista liderado pela antiga deputada europeia Kaja Kallas conseguiu 29% dos votos e deverá conquistar 34 dos 101 lugares de deputado, mais quatro do que na atual composição do parlamento.
O Partido do Centro, de orientação centro-esquerda, do primeiro-ministro Jüri Ratas, foi a segunda força mais votada com 23% dos escrutínios, devendo eleger 26 deputados, menos um do que há quatro anos.
A formação de extrema-direita e eurocética EKRE quase triplicou o número de votos relativamente às eleições de há quatro anos, capitalizando sobretudo o descontentamento das zonas rurais.
Com 17,8% dos votos conquistados, o EKRE terá 19 deputados, mais 12 do que nas últimas eleições, mas a sua entrada numa coligação governamental é apontada como pouco provável.
Sublinhando que o "EKRE não é uma escolha", Kaja Kallas disse, em declarações à televisão pública ETV, que o Partido Reformista "mantém sobre a mesa todas as opções com vista a uma coligação", lembrando que o seu partido e o partido do Centro "divergem fortemente em três grandes domínios: fiscalidade, cidadania e educação".
Por seu lado, o primeiro-ministro Jüri Ratas disse, quando questionado sobre se participaria numa coligação com os liberais, "com certeza", sem avançar mais comentários.
Os conservadores do Pro Patria (Isamaa) deverão eleger 12 deputados (menos dois) e o Partido Social Democrata 10 (menos 5). Estas duas formações integram a atual coligação de governo com o Partido do Centro
Os restantes partidos não atingiram os 5% de votos.
Segundo um especialista do grupo de reflexão Praxis, Tarmo Jüristo, o Partido Reformista está "numa posição de força nas negociações para uma coligação, quer seja com os sociais-democratas, os conservadores do Pro Pratria ou o Partido do Centro.
As eleições decorreram num ambiente de calma e a polícia registou apenas alguns incidentes menores no encerramento das urnas.