"A supervisão sobre os cigarros eletrónicos deve ser fortemente reforçada", defendeu hoje Mao Qunan, chefe do departamento de planeamento da Comissão Nacional de Saúde (CNS), em conferência de imprensa.
Os cigarros eletrónicos são considerados menos prejudiciais do que o tabaco e estão a conquistar cada vez mais consumidores em todo o mundo, incluindo na China.
As autoridades estão preocupadas, no entanto, que sirvam de porta de entrada dos adolescentes para o tabagismo.
"Queremos reduzir a taxa de fumadores e evitar que os jovens provem tabaco", disse Mao, referindo-se aos estudos que estabelecem uma ligação formal entre os cigarros eletrónicos e o tabagismo entre os jovens.
Nos últimos anos, a China generalizou a proibição do tabaco em locais públicos fechados, mas está a lutar para aplicar a lei, num país com uma forte indústria do tabaco.
Segundo o responsável, o tabaco representa o equivalente a 130 mil milhões de euros em impostos e lucros, ou mais de 5% da receita do Governo central.
País mais populoso do mundo, com cerca de 1.400 milhões de habitantes, a China tem mais de 300 milhões de fumadores.
Mais de um terço de todos os cigarros fabricados no mundo são fumados no país.
O tabaco mata um milhão de pessoas todos os anos, segundo a Organização Mundial da Saúde, e 100.000 mortes são atribuídas ao fumo passivo.