O general Gilbert Diendéré, acusado de homicídio e de lesar a segurança do Estado, foi sentenciado a 20 anos de prisão, ao passo que o general Djibril Bassole recebeu uma pena de 10 anos de prisão por traição, de acordo com a televisão estatal do Burkina Faso.
Além dos generais, mais de 80 pessoas foram submetidas a julgamento pela tentativa de golpe de Estado, em setembro de 2015, segundo a Associated Press.
Diendéré assumiu o poder após um golpe contra o Governo de transição pela guarda presidencial, que estavam sob o seu comando.
Em 16 de setembro de 2015, soldados do Regimento Presidencial de Segurança tentaram, sem sucesso, derrubar o Governo de transição estabelecido após a queda do Presidente Blaise Compaoré, destituído um ano antes por uma insurreição popular ao fim de 27 anos no poder.
A revolta contra a posição de Diandéré levou então à morte de pelo menos 15 pessoas e feriu mais de 200.
Diendéré e outros responsáveis continuam a enfrentar prisão perpétua por acusações de conspiração contra o Estado, agressões e homicídio.
Bassole, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, é acusado de traição, enquanto muitos dos restantes são antigos soldados da guarda presidencial.
Várias organizações da sociedade civil consideram que estes vereditos são uma vitória contra as forças antidemocráticas.