Mais de 700 homicídios cometidos por crianças na África do Sul em 2018

Mais de 700 setecentos e homicídios na África do Sul foram cometidos por crianças, disse hoje no parlamento o vice-ministro da Polícia sul-africano (SAPS, sigla em inglês), Casses Mathale.

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Lusa
12/09/2019 13:18 ‧ 12/09/2019 por Lusa

Mundo

Polícia

Segundo os dados divulgados pelo governante no parlamento, 736 homicídios foram perpetrados por crianças, sendo que este grupo demográfico foi alvo de mais 899 delitos de cariz sexual.

A polícia registou ainda "mais 29 homicídios de crianças" relativamente ao ano anterior, disse Mathale.

Na apresentação dos dados estatísticos anuais 2018/19 ao comité parlamentar responsável pela pasta da Polícia, transmitida pela televisão sul-africana, o ministro da Polícia, Bheki Cele, disse ainda que as prioridades da polícia são combater o crime contra mulheres e o clima de medo que se vive no país.

"Existe praticamente um sentimento de medo em todos os lares", sublinhou Bheki Cele.

De acordo com o ministro, houve nos últimos dez anos "altos e baixos [nível de criminalidade] e alturas em que o número de homicídios foi baixo, uma tendência que, infelizmente, não conseguimos manter".

Na generalidade, a polícia anunciou um aumento entre os 17 crimes mais reportados comparativamente a 2017, dos quais 21.022 homicídios (1,4%), 52.420 delitos de índole sexual incluindo violações (4,6%), 51.765 roubos comuns (2,3%) e 140.032 roubos com circunstâncias agravadas.

No entanto, a polícia registou um decréscimo em carjacking (1,8%), assaltos a veículos de transportes de valores (23,1%), e em assaltos a bancos, menos nove casos.

Segundo a polícia sul-africana, o crime é 60% mais acentuado durante o fim de semana, entre sexta-feira e domingo.

As províncias mais afetadas no país são Gauteng, Kwazulu-Natal, Western Cape, e Mpumalanga.

Segundo os mesmo dados, 28 polícias foram assassinados em serviço, enquanto que na província do KwaZulu-Natal 49 agentes policiais foram assassinados "em dias de folga", segundo a SAPS.

"É a primeira vez que o crime violento é tão elevado, não pode haver lugar para a ilegalidade e desrespeito pela lei e ordem, e também não há lugar para agentes policiais que não cumprem o seu dever", disse no final da apresentação Tina Joemat-Petersson, que preside ao comité parlamentar sobre a Polícia.

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