Quatro milhões de pessoas, lideradas maioritariamente por jovens, ocuparam as ruas um pouco por todo o mundo para apelar a medidas urgentes para combater as alterações climáticas.
As crianças e estudantes saíram de aulas e das escolas para se juntarem aos pais e outros ativistas, como parte do movimento global #ClimateStrike (#GrevepeloClima) e que se pensa ter sido o maior protesto ambiental na história.
De Sydney a Seul, passando por Manila, Bali, Tóquio ou Bombaim, a região Ásia-Pacífico deu o tiro de partida para esta "sexta-feira pelo futuro" planetária, destinada a pressionar os decisores políticos e as empresas a tomarem drásticas para conter o aumento das temperaturas provocado pela atividade humana.
Na Austrália, mais de 300 mil pessoas - jovens, pais e outros cidadãos - concentraram-se em várias cidades. Mais do dobro do que em março, num primeiro movimento similar.
Na Europa, manifestantes na Alemanha, onde os ecologistas vão de vento em popa eleitoralmente, bloquearam a circulação no centro de Frankfurt, provocando um enorme engarrafamento. Em Paris, manifestaram-se igualmente muitos jovens, alguns acompanhados pelos pais.
O movimento teve início em 2018 com a jovem sueca Greta Thunberg e os jovens boicotam as aulas para esta simbólica "greve mundial pelo clima.
A jovem partilhou na sua conta de Twitter que houveram demonstrações em mais de 160 países e com mais de quatro milhões de pessoas. "Se fazem parte do pequeno número de pessoas que se sentem ameaçados por nós, temos muito más notícias. Isto é só o início. A mudança está a chegar - gostem ou não".
Over 4 million on #ClimateStrike today. In 163 countries. And counting... If you belong to the small number of people who feel threatened by us, then we we have some very bad news for you: This is just the beginning. Change is coming - like it or not. #FridaysForFuture pic.twitter.com/MHGRNx1tnH
— Greta Thunberg (@GretaThunberg) September 21, 2019
Para que a meta do acordo de Paris de travar o aquecimento do globo nos 1,5 graus acima dos valores médios do início do século XX é preciso que o mundo seja neutro em carbono em 2050, segundo o último consenso dos cientistas mandatados pela ONU.
A Cimeira da Ação Climática de segunda-feira deverá reunir a generalidade dos líderes dos 193 países-membros das Nações Unidas. Portugal estará representado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e pelo ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes.
Veja na galeria acima as imagens.